Virgilio Trujillo, líder indígena e coordenador dos Guardiões Territoriais Uwottüja do município de Autana, no Amazonas, foi morto na quinta-feira, 30 de junho, por vários tiros. O incidente ocorreu em um bairro de Puerto Ayacucho.
O observatório de direitos humanos indígenas Kapé Kapé e jornalistas da entidade confirmaram o assassinato do guarda territorial, que era conhecido por suas repetidas denúncias sobre a presença de grupos irregulares e a exploração ilegal de mineração em territórios indígenas.
“Virgilio Trujillo Arana, um índio Uwottuja de 38 anos, foi um dos primeiros guardiões territoriais indígenas do município de Autana e um defensor comprometido da Amazônia”, relatou Kapé Kapé no Twitter.
O jornal El Nacional informou que o evento ocorreu no setor Escondido 3 de Puerto Ayacucho. De acordo com testemunhas no local, a vítima desceu de um veículo com outras pessoas, que atiraram contra ele e fugiram imediatamente do local.
Pessoas próximas a Trujillo indicaram que ele vinha recebendo ameaças. Isso foi confirmado pela jornalista correspondente do IPYS Venezuela no Amazonas, Carolina Azavache.
Trujillo, junto com outras pessoas, solicitou durante anos a expulsão dos grupos irregulares de seus territórios. Além disso, denunciaram a violência, a invasão de terras, o porte de armas, entre outras atividades ilegais.
Da mesma forma, fez parte da guarda territorial que localizou uma trilha clandestina em San Pedro del Orinoco, Amazonas.