“O governo tem dinheiro para pagar banqueiro, mas não para a educação”

Entrevista com Luiza Wolff, estudante de geografia na Udesc e bolsista do programa Pibid, realizada no JTT – A Manhã com Dignidade

O pagamento das bolsas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e da Residência Pedagógica referente ao mês de setembro nunca chegou. Mais de 70 mil estudantes e professores estão prejudicados com o atraso das bolsas e não há confirmação de que receberão o pagamento dos próximos meses.

O Pibid é um programa para as primeiras fases da universidade em que o estudante de licenciatura tem a experiência de assistir aulas e auxiliar professores, enquanto as Residências Pedagógicas ocorrem no final do curso. Ambos programas são realizados em escolas públicas de ensino fundamental e médio.

No último ano houve um corte de 18% no Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Desde o começo da pandemia os restaurantes universitários estão fechados e algumas universidades fizeram um Plano de Assistência Emergencial e de auxilio digital. No entanto, não foram suficientes e cada vez mais estudantes são forçados a deixar os estudos por falta de recursos financeiros. Neste contexto, as bolsas de 400 reais são na maioria das vezes o que sustenta estudantes.

O PL n17 garante o pagamento das bolsas de setembro, mas apenas destas. Até março de 2022 não há previsão de como vão ser pagas as bolsas do Pibid e da Residência Pedagógica. Segundo Luiza, “o governo comunicou que tem falta de orçamento, mas a parte do orçamento que vai para a dívida pública aumentou 33% no ano passado”.

Organizados em Resiste RP e Pibid, os estudantes estão se mobilizando nacionalmente para garantir suas bolsas e defender as instituições públicas de ensino.

Assista à entrevista:

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