Por UFSC à Esquerda.
O programa apresentado pelo Ministro da Educação Abraham Weintraub e o Secretário de Educação Superior Arnaldo Lima é um grave ataque à Universidade Pública. O “Future-se” é a destruição das universidades.
Ele parte dos cortes orçamentários para a abrir as universidades para que captem recursos de modo próprio, submetendo as universidades aos capitais. A proposta apresenta a criação de três fundos de investimento que atuarão sob a lógica do mercado financeiro sob os quais o financiamento das universidades estará submetido:
Um fundo de bens imobiliários do patrimônio da União. Que disporá terrenos, edfícios da União para a valorização de capitais. Concedendo-os para a construção/usufruto de empresas.
Fundos patrimoniais que poderão receber doações de empresas para investimentos em atividades de pesquisa.
E o fundo “Future-se” gerido pelo Ministério da Educação também para submeter as pesquisas e atividades das universidades a necessidade de auferir lucros
Tudo isto para gerar retornos para os fundos que investirão sob uma universidade reconfigurada: os departamentos serão incentivados a tornarem-se empresas, que poderão captar recursos para as pesquisas e outras atividades nos fundos ou linha de empréstimo nos bancos devendo então gerar recursos futuros; incentivo que professores e estudantes criem start-ups; que a universidade faça contratos com empresas para concessão e uso do patrimônio imobiliário; a criação de organizações sociais para realizar atividades de gestão das universidades; a cessão de “naming rights” (sic) para empresas privadas.
Nas palavras de Lima, a universidade será mais uma commodity para o governo: “Nós somos uma indústria que precisa ter um produto de exportação na indústria do conhecimento”!
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