Enquanto realizava entrevistas para a Globo News, no meio da multidão no centro do Rio de Janeiro durante o carnaval, a repórter Cecília Flesch foi surpreendida pela declaração de um folião que usava um véu durante a Festa do Cordão do Boitatá.
“Por que você está fantasiado de noiva?”, perguntou a repórter. “Ali Kamel é nazista, eu não falo com a Rede Globo”, disparou o folião, referindo-se ao diretor-geral de Jornalismo e Esportes da TV Globo.
Desestabilizada com a negativa do jovem, a jornalista fez um comentário inusitado ao encerrar a externa de carnaval. “Ihh! O pessoal não gosta de Rede Globo, daí fica um pouco difícil. Vou arrumar outros entrevistados“, finalizou Cecília.
Em outro episódio registrado também no Rio de Janeiro, uma jovem, ao ser abordada por um repórter da Globo, ao vivo, disparou: “Ei, Rede Globo, vai tomar no cu”, e saiu sorrindo. A transmissão foi interrompida no momento.
Ali Kamel é uma das figuras mais influentes dentro da Rede Globo. O diretor de jornalismo da emissora carioca é autor do livro “Não somos racistas”, em que critica a adoção de cotas raciais, sustentando a tese de que, ao contrário de combater o racismo, elas podem dar origem ao ódio racial. Segundo ele, o racismo no Brasil não existia antes das cotas.