O Euskal Herria Bildu subiu o tom da campanha para as eleições de dia 21 de Outubro com o maior comício realizado até ao momento, enchendo o Bizkaia Arena do BEC e deixando momentos para recordar, como as intervenções de Laura Mintegi e Arnaldo Otegi, esta enviada da prisão de Logroño, ou castell erguido no centro da pista pela colla de Vilafranca entre gritos de «In-inde-independència». Esta reivindicação esteve presente em todo o acto.
O comício foi encerrado por Laura Mintegi, acompanhada no estrado pelos restantes candidatos e recebida com gritos de «Ari, ari, ari, Laura lehendakari». Estruturou o seu discurso sobre três questões: «de onde vimos» (do acordo entre diferentes), «onde estamos» (a construir um novo projecto) e «para onde vamos» («criar uma Euskal Herria livre na Europa»). Afirmou que o EH Bildu irá agir «com um pé nas ruas e outro nas instituições, com um olho na situação actual e outro na nova sociedade que criamos, temos de ser assim, um pouco coxos e um pouco vesgos». Afirmou: «vamos ganhar», e isso não é apenas bom para o EH Bildu e os seus votantes, mas «para toda a sociedade».
Otegi transmitiu duas ideias principais aos quase 12000 abertzales reunidos. Por um lado, que o desafio agora é «esvaziar as prisões e ocupar as ruas pela defesa dos nossos direitos». E, por outro, que é preciso aproveitar o erro do Estado e apostar na independência. Aqui, dirigiu-se directamente a Alfredo Pérez Rubalcaba para lhe lembrar que disse que a ETA tinha apostado em terminar como o GRAPO em vez de o fazer como o IRA. O líder independentista preso devolveu-lhe a expressão e disse-lhe que o Estado espanhol pôde acabar isto como Londres o fez com a Irlanda, mas não o fez, e «decidiu acabar como no Quebec, na Escócia, na Catalunya… com a independência».
Antes de Otegi e Mintegi, interveio o bertsolari Amets Arzallus com um discurso muito poético sobre as pessoas, a terra e o sentido da independência, que também incluiu toques de humor. No mesmo tom, decorreu a intervenção do jornalista Antonio Alvarez Solís, que expressou o seu total apoio ao EH Bildu, pois, «quando vocês defendem a independência, defendem também a minha independência». Para Alvarez Solís, Euskal Herria é «o laboratório da Europa». E perguntou a Mariano Rajoy se não lê os jornais quando diz que a independência é um disparate, porque no mundo não deixam de surgir estados.
O BEC encheu, reunindo aproximadamente mais 2000 pessoas que o PNV há sete dias, no mesmo espaço. Durante o comício ouviram-se palavras de ordem insistentes, como «Independentzia» e «Euskal presoak etxera» após a interpretação de «Zapalduen olerkia», dos Ken Zazpi, por Petti. / Fonte: naiz.info / Vídeo: acto de campanha do EH Bildu no BEC / Fotos: EH Bilduren inBECendentzia
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