Historiadores coincidem em que o 12 de outubro, conhecido como o Dia do Descobrimento da América, o Dia da Raça o ou Encontro de Culturas, não é uma data para celebrar.
A chegada dos conquistadores espanhóis ao continente americano deu início a um dos maiores genocídios na história da humanidade. Pelo menos 90 milhões de indígenas foram exterminados.
O antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro expressou que a finais do século XV, no momento em que chegaram os conquistadores europeus à América, existiam aproximadamente 70 milhões de indígenas. Um século e meio depois só ficou uns três milhões e meio.
A invasão do império espanhol deixou morte, desolação, o saqueio dos recursos e riquezas naturais. Os povos originários foram escravizados, torturados, despojados de sua terra, de sua cultura e evangelizados.
A invasão genocida, como também é conhecida, não só exterminou milhões de habitantes da região, mas também utilizou o “sequestro, tortura, deportação, mercantilização e escravidão de milhões de habitantes do continente africano” como mão de obra barata no “novo” continente, resenha o portal Rebelión.
“Em 12 de outubro de 1492, América descobriu o capitalismo. Cristóvão Colombo, financiado pelos reis da Espanha e os banqueiros de Gênova, trouxe a novidade às ilhas do mar Caribe. Em seu diário do Descobrimento, o almirante escreveu 139 vezes a palavra ouro e 51 vezes a palavra Deus o Nosso Senhor”, disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano.
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Tradução: América Latina Palavra Viva, para Desacato.info.
Telesur/Rebelión
Fonte: Librered.