Por Carlos Henrique Pianta da Silva.
Depois da criminosa opressão Yankee contra os cidadãos da Palestina, do Afeganistão, do Iraque, das regras xenófobas inglesas e do holocausto alemão; mais um golpe contra os “não-cristãos” foi realizado por uma das potências do Império Ocidental.
No dia 13 de julho de 2010, terça-feira, a França presenteou a população mulçumana que vive naquele país. Num ato claro de xenofobia típica da soberba daquela região, o parlamento francês votou e aprovou a proibição do uso, espontâneo ou não, da burca e do niqab. Burca e niqab são os mantos que cobrem a face e o corpo das mulheres, usado habitualmente na religião mulçumana. Coincidentemente a decisão foi tomada um dia antes do Dia da Liberdade de Pensamento (14 de julho). E a partir de agora o Islamismo, na França, só existe em pensamento.
Após essa infeliz decisão, todas as mulheres que estiverem em lugares públicos cobertas pela burca ou pelo niqab serão obrigadas a pagar uma multa de 150 euros. A multa para o homem, ou mulher que obrigar uma pessoa a usar essa vestimenta é de 30 mil euros. É claro que num país laico uma pessoa não pode obrigar a outra a seguir costumes religiosos, todavia, é mais claro ainda que numa “democracia” todas as pessoas têm direito de se expressar livremente.
A França é a responsável pela colonização de diversos países na América, Ásia e África. Uma das mais importantes ex-colônias francesas é a africana e mulçumana Argélia. Sim, a Argélia é mais do que um dos países que jogaram a Copa do Mundo de 2010. Durante os anos 70, a Argélia foi o destino de diversos de brasileiros que foram expulsos do país pela ditadura militar.
Desde a colonização daquele país os argelinos são perseguidos pelos franceses. Até os dias de hoje, há na França uma inexplicável e injusta discriminação contra os ex-colonos que lá habitam. Essa decisão do parlamento francês vem a contribuir com a xenofobia e com a discriminação não só contra os argelinos, mas contra todos os mulçumanos que escolheram a França como seu novo lar. A incrível decisão vai de encontro a não menos do que OITO artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (I, II, V, VII, XII, XVIII, XIX e XXX).
O mundo ocidental passou séculos criticando a falta de liberdade do lado oriental e o impedimento da livre manifestação religiosa. O Ocidente cansou de criticar o Oriente pelo radicalismo e pelo fanatismo. Mas o que o Governo francês declarou no dia 13, foi a criminalização fanática e radical da manifestação da cultura Islâmica. Proibir o uso espontâneo da burca para os mulçumanos é como proibir o Kippot para os judeus, o crucifixo para os cristãos, ou pior, proibir um francês de usar de sua lamentável e mundialmente reconhecida arrogância.
Carlos,
As pessoas deveriam respeitar e compreender as Etnias e enxergar o seu próprio rabo antes de tomar quaisquer decisões. Neste mundo globalizado em que estamos vivendo é fundamental ter esta compreensão onde a cultura faz parte da história de cada grupo étnico. Respeitar para ser respeitado!
Belo texto!