A pesquisa de Manu Alves transita entre a poesia e a crítica, e propõe diálogos entre estes dois contrapontos utilizando diferentes mídias, como pintura, instalação, desenho e fotografia.
De um ângulo, os trabalhos promovem uma crítica ambiental, sinalizando a insensibilidade do homem à sua própria existência, discutindo a destruição do meio ambiente, bem como o distanciamento e a profunda dependência humana da natureza.
A artista investiga o universo de seres polinizadores, e constrói sua pesquisa a partir deste curioso mundo entomológico.
As abelhas, responsáveis por mais de 70% da polinização do planeta e, portanto, diretamente relacionadas à existência do próprio homem na terra, estão à frente da narrativa da artista.
Manu frequentou, em grande parte de sua pesquisa de campo, meliponários e apiários, dando luz, em suas obras, aos personagens deste mundo à parte, bem como os signos que pertencem ao campesinato. Neste ângulo, está a poesia. A nostalgia da roça, o cotidiano afetivo do campo, o som da terra, as texturas naturais, o cafezinho, as mudinhas nascendo de maneira improvisada, além de muitos outros signos que acompanham esse cotidiano repleto de nuances e detalhes.
Em Amarelo – Emergências e afetos, estarão expostas 28 pinturas e 2 instalações, umas das quais, Latente, é uma obra sonora e interativa.
Sobre a artista
Manu Alves (SP/1988), cursou a escola de Belas Artes da UFRJ (2008-2011). Estudou no Paço Imperial, Parque Lage e Saracura. Participou, entre 2014 e 2019, de diversas exposições coletivas e salões de arte. Em 2019, ganhou o Prêmio aquisição no 47º Salão de Arte Luiz Saciolotto, em Santo André. Participou da Residência Casero – Ocupação Rarefeito, no Parque Nacional de Itatiaia. Fez sua 1º mostra individual no Centro Cultural Correios, e fará a próxima em julho no CCJF/RJ.
Serviço
interessados em arte contemporânea e questões ambientais