“Empresas como TikTok, YouTube, Facebook estão alimentando uma crise de saúde mental ao projetarem suas plataformas com recursos viciantes e perigosos”. Essa frase é do prefeito de Nova York, Eric Adams, proferida em seu discurso durante evento estadual, na quarta-feira nos EUA . Ele vê as redes sociais perigosas como “tabaco e armas”.
Nova York foi a primeira cidade de grande porte nos EUA a definir as redes sociais como um perigo para a saúde pública devido ao seu efeito na saúde mental dos jovens.
O Comissário de Saúde da Cidade de Nova York, Ashwin Vasan reforçou os dados sobre o estado deteriorado da saúde mental dos jovens na cidade de Nova York e ofereceu orientação sobre o estímulo ao uso saudável das redes sociais, como implementar períodos e lugares sem tecnologia; monitorar emoções durante o uso; e compartilhar preocupações relacionadas às redes sociais e à saúde mental com adultos.
O documento apresentado mostrou que entre 2011 e 2021, as taxas de estudantes do ensino médio na cidade que se sentiam se esperança aumentaram em mais de 42% e as taxas de ideação suicida aumentaram em mais de 34%.
Jovens que se identificam como negros, latinos, do sexo feminino ou LGBTQ+ têm taxas desproporcionalmente altas de se sentir sem esperança”, disse Vasan.
Várias empresas de redes sociais, incluindo TikTok e YouTube, responderam a esses dados adicionando novos recursos para dar aos pais mais controle sobre a atividade de seus filhos e limitar o tempo que passam online, de acordo com uma análise do Washington Post.
Ofir Turel, professor da Universidade de Melbourne, na Austrália, que estuda os efeitos comportamentais da tecnologia, elogiou o aviso da cidade de Nova York por reconhecer os possíveis riscos das redes sociais sem exigir sua eliminação completa.
Com informações do Washington Post.