A economia sob direção do governo Temer mostra mais uma vez resultados desastrosos e péssimos para os trabalhadores. O IBGE divulgou na terça-feira (7) que a produção industrial caiu 6,6% de janeiro a dezembro do ano passado. Dirigido por Paulo Rabelo de Castro, amigo do time golpista, o instituto dourou a pílula e chama atenção para o fato de que a produção cresceu 2,3%, só que esse número é resultado da comparação entre dezembro sobre novembro do ano passado. A mentira vendida pelos golpistas de que bastaria tirar Dilma do poder para o País entrar numa rota de crescimento é desmentida diariamente, e pelos números.
No dia 31 de janeiro, o IBGE divulgou que a taxa média de desemprego ficou em 11,5% em 2016. Economistas confirmam que existia uma crise em 2015/16, mas sua intensidade aumentou com o governo ilegítimo. E no horizonte não há sinais de melhora. Atrasado, o Banco Central baixou os juros, mas a um patamar insuficiente para reativar a confiança. Outro fator negativo foi o corte drástico dos recursos liberados pelo BNDES. Em 2016, os desembolsos caíram 86% para as regiões Norte e Nordeste.
Na região Sudeste, os desembolsos caíram 33%, justificando, por exemplo, o desempenho preocupante da indústria do Espírito Santo. Ao longo de 2016, a queda foi de 18,8%. A ausência do governo por meio do BNDES para incentivar a produção aumenta a onda de desemprego e a insegurança. A crise vivida pelo Espírito Santo é o retrato pronto e acabado do desmonte que o governo Temer faz das políticas sociais, inclusivas e de desenvolvimento econômico. A produção industrial do Amazonas, que tem a Zona Franca, caiu 10,8% em 2016; em Pernambuco a queda foi de 9,5%; Goiás, 6,7%; São Paulo 5,5%; Ceará, 5,1%; Paraná, 4,3%; Rio de Janeiro, 4,1% e Minas Gerais com 6,1%. Enfim, de 15 regiões pesquisadas, em 14 a produção industrial caiu.
A indústria automobilística, que agrega uma cadeia produtiva de praticamente todos os setores – borracha, vidro, metal, tecnologia, inovação e outras – vê sua produção retornar ao nível de doze anos atrás. Fábricas começam a dar férias coletivas antes de iniciar as demissões.
Fonte: Rede Mundo.