No palco, desconstrução e provocação por meio da palhaçaria, que se coloca a serviço da “grande necessidade do momento”. Essa é a essência do novo espetáculo da Traço Cia. de Teatro “Quando dançamos acima das fogueiras”, que estreia no dia 30 de junho no Sesc Prainha. No mesmo fim de semana, haverá ainda apresentação nos dias 1 e 2 de julho – sábado e domingo. Durante todo o mês de julho, o espetáculo circula em Florianópolis e Palhoça. No total serão 12 apresentações, todas com entrada gratuita.
O espectador é protagonista e o tradicional formato teatral é transformado para o encontro, para a intimidade e o olho no olho. Há um convite para uma experiência sensorial quando três seres encontram quem “vai assistir” no centro do mundo para dançar o ar entre o visível e o invisível, tecendo experiências que reinventam o tempo. A pergunta que fica: “Será possível arvorecer?” A resposta: “Quem sabe hoje seja nosso dia de sorte.”
“Arvorecer diz respeito à necessidade de reflorestar o mundo, em diversidade, em potência, de criar novos olhares e novas possibilidades de r-existir”, afirma Débora de Matos, atriz e palhaça.
Sensível e poético, o novo trabalho da Traço Cia. de Teatro tem direção e palhaçaria de Débora de Matos, Egon Seidler e Greice Miotello, fundadores da companhia que atua desde 2001 e contribui significativamente com a cena catarinense. Em sua trajetória artística, a Traço investiga a arte da palhaçaria e do teatro de rua, na busca de uma linguagem própria, pautada no encontro entre atores e espectadores, estabelecendo uma relação livre, direta e potencialmente transformadora.
A companhia possui diferentes espetáculos em repertório e sua última estreia foi em 2016. Desenvolve o projeto (A)Gentes do Riso desde 2011 e é parceira da organização internacional Pallasos en Rebeldía (desde 2013), já atuou em eventos humanitários e fóruns sobre Circo Social no Brasil, na Cisjordânia, na Colômbia, na Costa Rica e na Espanha.
Construção coletiva: diversos artistas colaboraram para concepção do espetáculo
Resultado do projeto de pesquisa e montagem, o trabalho iniciou no período pandêmico e foi amadurecendo até chegar no formato atual. O ponto de partida durante as investigações cênicas foi o texto “Asfixia”, do dramaturgo Afonso Nilson.
“Com ele tivemos o prazer de realizar um encontro. Aliás, durante o processo, outros aconteceram. Recebemos a visita da artista Drica Santos e de Ingrid Sateré-Mawé, que mediaram espaço de partilha, no contínuo exercício de descolonizar nossos modos de estar, de pensar, de agir e de olhar para o mundo. Claudia Sachs e Bárbara Biscaro conduziram um trabalho formativo em bufonaria, que nos possibilitou abrir camadas em nossas figuras (Palhaça Esmeralda, Palhaça Gretta e Palhaço Jubi). Já Marina Monteiro, atuou na condução da dramaturgia do espetáculo, guiando a equipe durante a criação do roteiro da obra”, contou Débora.
O projeto de montagem do espetáculo “Quando dançamos acima das fogueiras”, da Traço Cia. de Teatro, tem a realização da Fundação Nacional de Artes, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Agende-se
Teatro do Sesc Prainha
30/06, 01 e 02/07, às 20h
Travessa Syriaco Atherino, 100 – Centro, Florianópolis/SC
Ingressos: Gratuito (retirar 1 hora antes no local – sujeito à lotação)
Casa das Máquinas
14, 15 e 16/07, às 20h
Rua Henrique Veras do Nascimento, 82 – Lagoa da Conceição, Florianópolis/SC
Ingresso: Gratuito (retirar 1 hora antes no local – sujeito à lotação)
Teatro Pedro Ivo
18, 19 e 20/07, às 20h
Rodovia SC 401, km 15, n.º 4600 – Saco Grande, Florianópolis/SC
Ingresso: Gratuito (retirar 1 hora antes no local – sujeito à lotação)
CEU Palhoça
22, 23 e 24/0, às 20h
Centro de Artes e Esportes Unificados
Rua Neri dos Santos, 148 – Jardim Coqueiros, Palhoça/SC
Ingresso: Gratuito (retirar 1 hora antes no local – sujeito à lotação)
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FICHA TÉCNICA
Concepção: Traço Cia. de Teatro
Direção e Palhaçaria: Débora de Matos, Egon Seidler e Greice Miotello
Assistente de direção e ensaiadora: Gabriela Leite
Dramaturgismo: Marina Monteiro
Corpo e voz no jogo do bufão: Claudia Sachs e Bárbara Biscaro
Provocação dramatúrgica: Afonso Nilson
Provocações decoloniais: Drica Santos e Geni Núñez
Cenografia: Dodô Giovanetti, Ana Pi e Adriana Barreto
Iluminação: Dodô Giovanetti
Figurino e objetos de cena: Ana Pi
Assistente de figurino e objetos de cena: Adriana Barreto
Trilha sonora: Cassiano Vedana
Designer: Paula Albuquerque
Registros (foto e vídeo): Wally Moraes
Equipe técnica de apoio: Dodô Giovanetti, Gabriela Leite e Leandro Lunelli
Produção e serviços de informação: Egon Seidler
Assessoria de comunicação: Alecrim Conteúdo | jornalista Letícia Kapper
Realização: Fundação Nacional de Artes, Ministério da Cultura, Governo Federal