Nota de rodapé

Por Maria Flor.

É, 2012 despede-se com um sorriso e deixando um cheirinho de baunilha no ar.

Sempre passo minhas férias com a família da minha mãe, em Curitiba. Esse ano, fizemos a viagem de carro, ao som de Legião Urbana. Eu, minha mãe e meu pai passamos as 4 horas de viagem enumerando os feitos de 2012, enquanto meu irmão dormia ao meu lado.
Dois mil e doze. Um ano longo. Um ano que levou séculos para acabar, mas não passou se arrastando, passou derramando perfume de lavanda em cada cômodo. Envelheci 3 décadas só em 2012. Mas envelheci dançando.
Estudei. Um pouco menos do que deveria e poderia, admito.
Amei. Mas amei bem pouco, para não doer.
Conheci. Conheci gente nova e gente que eu já conhecia.
Guardei. Guardei mágoas (não me orgulho) e guardei raiva (e me afoguei nela).
Visitei. Visitei lugares que eu já conhecia, mas com uma nova perspectiva.
Chorei. Chorei rios, porque lágrimas são bálsamos e todos têm dores.
Aproveitei muitas oportunidades e deixei algumas passarem.
Magoei. Fui uma nômade que se cansa fácil e quer ir embora.
Sonhei alto. Mais alto que os céus.
Caí do mais alto dos sonhos. Nem sempre fui realista.
Arrependi-me. Mas não voltaria atrás.
2012 foi o ano em que eu mais aprendi.
Agradeço por tudo o que eu passei, me fortaleço em cada sorriso que dei, lamento pelas lágrimas que derrubei, mas aprendi até com elas. Agradeço.
Espero de 2013 nada menos que a intensidade de 2012, com o dobro de sorrisos e a frieza de aproveitar cada sensação, sem pressa. Contraditório, porém compreensivo.
Feliz ano-novo.
Beijocas da Maria Flor.
@floresbicicleta

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