Já não é segredo o projeto que o governo federal tem para a educação pública brasileira: sucatear e precarizar o ensino em todos os níveis, em especial, o médio e o superior. São cortes de recursos anunciados, reforma do ensino médio por meio de medida provisória, mordaça nas discussões políticas e sociais necessárias à formação do cidadão.
O Conselho Universitário da UFSC (ainda que a pedidos, e não por vontade própria) já tenha se posicionado contra a PEC 55/2016, a Reitoria permanece “saindo pela tangente”: não discute e não se posiciona contra a decadência universitária que está a caminho, deixando a critério de cada direção de Centro de Ensino qualquer decisão que venha a ser tomada.
Além disso, há semanas vêm ocorrendo casos de agressões verbais e ameaças contra os manifestantes dentro do campus da UFSC, como material destruído, xingamentos, porte de equipamentos de choques por parte da extrema direita, conservadora e reacionária. Em nota lançada recentemente, o Reitor da UFSC Luiz Cancellier limita-se a “rejeitar as manifestações de intolerância e violência”.
A falta de posicionamento concreto contra tais atos culminaram com as agressões físicas praticadas pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação, Felício Margotti, contra estudantes do Centro de Comunicação e Expressão, agressões essas registradas em vídeo e com diante de diversas testemunhas. Quando questionado, o Reitor amenizou os fatos explicitamente agressivos, alegando que deveria dar direito à ampla defesa do pró-reitor, e que este não estaria em suas funções administrativas naquele momento.
REPUDIAMOS a postura insossa da Reitoria diante das agressões que ocorrem no campus. Entendemos que isso apenas reforça a ação de grupos violentos e extremistas, favorecendo novas ocorrências.
REPUDIAMOS o silenciamento da Reitoria da UFSC diante das ameaças anunciadas pelo Governos Federal à educação pública brasileira. Não ir a público, não ocupar as mídias e os meios de comunicação, não participar das discussões de maneira incisiva para deixar bem claro o que vai acontecer com a Universidade caso a PEC seja aprovada no Senado Federal e não proteger a segurança da comunidade acadêmica não são posturas de um reitor verdadeiramente comprometido com a educação e a universidade públicas!
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