Enviado por Luciana Freitas.
O Espaço universitário por muito tempo foi um espaço elitizado e de predominância europeia. No entanto a partir da Lei 11.645/08 – Lei para ingresso de estudantes indígenas nas universidades e Lei 12.711/2012 – conhecida como Lei de Cotas- o espaço modifica o seu público garantindo a presença de estudantes negros e negras, indígenas, bem como estudantes oriundos de escolas públicas.
Ao mesmo tempo em que há um avanço social por parte desse espaço, a mesmas lei e a presença de estudantes negros e negras, provoca ações negativas oriundas de estudantes conservadores e racistas, que passam a se manifestar das mais diversas formas. Há relatos que no primeiro ano no qual a política de ações afirmativas foi implementada nessa universidade, ano de 2008, estudantes negros ao chegarem em suas classes, na sala de aula, encontravam bananas deixadas por outros estudantes, com o intuito de os associarem a macacos.
Agora, mesmo passados 5 anos, e mesmo após a lei ser estabelecida e aprovada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal, instância máxima da justiça brasileira, atitudes racistas como a citada acima ainda são presentes no meio acadêmico.
O estudante Igor Westphal publicou no dia 5 de dezembro, em um grupo virtual em rede social, que leva o nome da referida instituição a imagem de um casal negro. Imagem na qual o homem está de joelhos em frente a uma mulher negra entregando-lhe um cacho de bananas, em uma menção nítida de chamá-la de macaca. Essa imagem representa uma ofensa, visto que o animal macaco é um animal atrasado, sem conhecimento e não civilizado.
Após tal imagem chegar até nós, do movimento negro, foi realizada uma pesquisa junto a outros atos racistas desse mesmo indivíduo, o qual se constatou que é uma prática comum do mesmo. Visto que no dia da morte do ícone de combate á intolerância racial, Nelson Mandela, foi publicada uma frase de tristeza por parte de uma participante do mesmo grupo, e foram constatados outros atos de cunho racista do mesmo Igor Westphal. Todos esses relatos podem ser provados por meio de arquivos e depoimentos.
Acreditamos que essas atitudes devem ser repudiadas, e para, além disso, devem ser tomadas fortes medidas de maneira a coibir esse tipo de manifestação, para que as mesmas não sejam reproduzidas em momento futuro.
Exigimos que a Universidade Federal de Santa Catarina cancele a vaga do referido indivíduo, bem como o expulse do ambiente acadêmico. Visto que o ato por ele produzido é de tamanho racismo, e desrespeito para/com a população negra, em especial à mulher negra, além de reforçar os estereótipos que o movimento negro, organizações, instâncias governamentais e movimentos sociais têm de forma incisiva combatendo.
Sem mais para o momento.
Assinam esse manifesto:
CEPA – Conselho Estadual de População Afrodescendentes;
COPPIR-SC – Coordenadoria de políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial;
COMPIR – Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial
UNEGRO/SC- União de Negros Pela Igualdade;
MNU/SC – Movimento Negro Unificado;
Fórum;
Capoeira na Escola;
Grupo Negro 4P – Poder Para o Povo Preto.
Tolerância zero com o racismo. Só dessa forma se mudam as atitudes e comportamentos.
Também sou discriminada na UFSC onde faço curso presencial tendo em vista ser IDOSA. Muitas pessoas ,nas mesmas condições, abandonaram seus cursos. Somos muito fracas na união por melhores condições acadêmicas e proponho nos integrarmos ao Movimento Negro.
Francisca pergunta: Por que essa gente estuda aqui?
Responde a Professora Cláudia: Porque eles não tem o que fazer e vem para cá , saracotear de curso em curso.
Tirem as conclusões , considerando que eu estava presente.
Moçada, dou todo apoio à luta da vocês, contra toda forma de discriminação. Só uma crítica (que sinceramente espero que a tomem como construtiva): esse texto está muito, mas muuuuuito mal escrito. Confuso, cheio de erros, rebuscado, prolixo. Por favor, tentem melhorar sua comunicação. Creio que ela é essencial na hora de defender uma causa.
abraço a tod@s.