Na tarde de ontem, quinta-feira (03), cerca de 70 servidores do Instituto Federal de Brasília (IFB) ocuparam a reitoria do Instituto, no Setor de Autarquias Sul (SAS), no Distrito Federal. A ação faz parte de uma mobilização convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) por centrais sindicais e movimentos sociais desde ontem.
Os manifestantes pedem que o comando da instituição se posicione sobre o projeto Future-se, que prevê privatizações das universidades públicas e é rejeitado de forma maciça pela comunidade acadêmica. Confira nota de apoio às ocupações.
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Nota de apoio e solidariedade ao Movimento de Ocupação da Reitoria do IFB
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Distrito Federal e Entorno vem a público manifestar todo apoio e solidariedade ao movimento paredista do IFB, composto por servidores e estudantes, que ocupou a reitoria da instituição na manhã de hoje, dia 03 de outubro, em Brasília.
Reafirmamos a legitimidade da ocupação como forma de luta e resistência e como instrumento constitucional para impedir a retirada de direitos e o avanço do movimento privatista que assola o ensino público brasileiro, em especial o amplo processo de sucateamento das instituições que atuam com ciência e tecnologia no Brasil.
Sabemos que o governo neofascista, neoliberal e ultraconservador de Jair Bolsonaro vem tentando emplacar o desmonte do ensino público brasileiro, operando uma espécie de caça às bruxas, com perseguição ideológica, criminalização do pensamento crítico e do direito democrático de desenvolver os processos pedagógicos no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. Tentam impor o programa Future-se, nada mais que a entrega da educação pública a iniciativa privada, que vai gerar um impacto sem precedentes as relações de trabalho, desestimulando servidores e rebaixando a qualidade de ensino e dos serviços públicos prestados.
O MST se posiciona contra o programa Future-se e amplia as fileiras da luta junto aos estudantes e servidores para barrar mais essa retirada de direitos. Exigimos que a reitoria receba o movimento paredista e se posicione contra mais esse ataque a educação pública brasileira.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Distrito Federal e Entorno.