Coordenação Estadual em Defesa da Educação Pública e Gratuita – SC
A Coordenação estadual em defesa da educação pública e gratuita de Santa Catarina manifesta seu apoio às ocupações das escolas e Institutos Federais de Educação de Santa Catarina. Os IFC e escolas ocupadas em outubro em Santa Catarina são: IFC Rio do Sul, IFC Araquari, IFSC Araranguá, IFSC Chapecó, IFC Abelardo Luz, Instituto Estadual de Educação, Escola Educação Básica Soror Angélica, Escola Municipal Irmã Cecília.
Estas ocupações acontecem em um momento importante de luta da classe trabalhadora, contra os ataques do Governo às suas condições de vida, estudo e trabalho. Estes ataques se expressam na PEC 241, que congela o Orçamento da União durante 20 anos, atingindo diretamente a educação, a saúde e a moradia; as Reformas Trabalhista e da Previdência, além da chamada Escola Sem Partido, que censura os docentes (Lei da mordaça).
Mais grave ainda, é a Medida Provisória (MP) 746 , que trata da Reforma do Ensino Médio. A reforma prevê a manutenção de disciplinas como matemática, português e inglês, deixando claro que pretende reduzir de forma drástica a escolaridade a um patamar mínimo, capaz de satisfazer exigências mínimas para que os estudantes atendam demandas imediatas e rasteiras do mercado de trabalho precário, injusto e desigual.
A escola pública é um espaço crucial para a compreensão da lógica que rege o mundo social, é também espaço de expressões artísticas, corporais, éticas e estéticas coletivas. São o principal espaço em que filhos e filhas da classe trabalhadora podem apropriar -se de conhecimentos científicos e artísticos, acumulados pela humanidade, e que estão presentes em materiais que, segundo a MP, seriam ministradas de forma ocasional e por profissionais sem formação adequada, entre as quais Sociologia, Filosofia, Educação artística e Educação física. É também o local de trabalho de educadores e de educadoras, que com estas medidas, terão sua profissão e seus direitos aviltados de forma ainda mais grave pelas políticas de precarização e de desqualificação.
Neste cenário as lutas dos trabalhadores da educação, e especialmente dos estudantes secundaristas, que já ocupam mais de 1000 escolas em todo o país, expressam a coragem da juventude em resistir e protestar contra os enormes retrocessos das reformas neoliberais, lideradas por grandes grupos empresariais e pelo governo Temer.
As ocupações somam na luta deste significativo dia, 24 de outubro de 2016, de paralisação dos trabalhadores contra a PEC 241.
Sabemos que só a união da classe poderá frear estes ataques. Rumo à greve geral!
Todo apoio às ocupações das escolas no Brasil e em SC.