A Direção Nacional (DN) do SINASEFE se posicionou na terça-feira (16/04) sobre a intimidação de estudantes e trabalhadores no campusÁguas Lindas-GO do Instituto Federal do Goiás (IFG). Na ocasição, a coordenadora geral do SINASEFE, Camila Marques, foi presa e agredida em seu local de trabalho. Três estudantes também foram levados da escola à delegacia da cidade.
Confira a Nota da DN na íntegra:
Contra a intimidação de estudantes e trabalhadores no campusÁguas Lindas-GO
Na manhã desta segunda-feira (15/04) a professora do campus Águas Lindas-GO do IFG, Camila Marques, foi presa pela Polícia Civil de Goiás. A situação foi criada pela atuação truculenta dos policiais ao levarem estudantes, menores de idades, para a delegacia por um suposto envolvimento no planejamento de atos ilícitos. Cabe ressaltar, no entanto, que os estudantes levados estiveram ativamente envolvidos em atividades recentes em defesa da Rede Federal, defesa dos direitos estudantis e denunciando os feminicídios na região de Águas Lindas-GO. Ou seja, tais acusações foram pretexto para a intimidação de estudantes e trabalhadores que lutam pelo direito à educação e pela vida digna.
A professora Camila Marques, que é coordenadora geral do SINASEFE desde maio de 2018, é uma lutadora incansável pelos direitos da classe trabalhadora. Sua postura foi de se posicionar em defesa dos estudantes quando se deparou com a situação absurda na escola em que trabalha, registrando a ação dos agentes públicos com seu telefone celular (filmando e fotografando a abordagem no interior do campus). Persistindo no registro da ação, Camila foi comunicada de que seria levada à delegacia na condição de testemunha. No momento em que Camila se recusou a entrar numa viatura descaracterizada e estava solicitando assistência jurídica, ela teve o celular arrancado de suas mãos à força, foi algemada e colocada no carro violentamente. A justificativa para a prisão: “desobediência”.
Tal acontecimento é a expressão dos tempos atuais, quando os donos do poder se acham no direito de passar por cima dos preceitos constitucionais e democráticos autuando todos que considerem ser contrários aos seus interesses. Esse clima de terror criado pelos órgãos de repressão do Estado, repercutido por inúmeros cidadãos, caminha no sentido de banalizar a vida e as perspectivas de uma sociedade civilizada.
Infelizmente os gestores do IFG e do campus não se posicionaram de maneira veemente contra tais arbitrariedades. Ficaram, assim, passivos diante da quebra da autonomia da instituição.
O SINASEFE se manifesta radicalmente contrário à intervenção policial truculenta no IFG, repudia veementemente a prisão da educadora e dirigente sindical Camila Marques e cobra um posicionamento dos responsáveis diante dos atos de violência institucional.
Em defesa da Rede Federal e da educação pública como direito universal!
DN do SINASEFE
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