#NossaOpinião: Chávez = Bolsonaro, uma comparação impossível

Mais uma vez Reinaldo Azevedo, colunista da Universo Online, caiu na tentação de tecer semelhanças impossíveis entre o líder bolivariano Hugo Chávez e o presidente do Brasil: https://noticias.uol.com.br/…/sera-que-vira-ministro-do-sup…. Não é a primeira vez e não é o único colunista que se deixa atrair por esse jogo de falsos espelhos.

Na sua coluna da terça-feira, dia 9 de junho, titulada “Será que virá ministro do Supremo terrivelmente fascistoide”. Senado dirá!”, Azevedo, o mesmo que contribuiu explicitamente com o golpe-impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, empreende contra Chávez, porque ao fim, Azevedo está do outro lado do campo popular e da unidade regional. Trabalha e comunga com o pensamento das elites brasileiras, brancas, eurocentristas, norteamericanoides e com pavor do povo mestiço no poder.

Hugo Chávez será lembrado como o homem que pavimentou a construção de uma esperança renovada para mudar o rumo de submissão ao império norte-americano e ao colonialismo europeu. Do imaginário de Chávez e das lideranças progressistas da época surgiu a rejeição à ALCA, mais um projeto de Washington que pretendia saquear nossos povos. Chávez foi protagonista na criação da UNASUL para se contrapor à vetusta e pro imperialista OEA. A sua biografia corresponde a construção da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, a fundação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos – CELAC. A multiestatal da comunicação TeleSUR como contraposição ao discurso hegemônico dos Estados Unidos. Correspondem à obra de Chávez Petrocaribe, missões alfabetizadoras, sanitárias, habitacionais, de cooperação regional e com os países do terceiro mundo. Isso aconteceu num lapso de menos de 15 anos.

Jair Bolsonaro, enquanto isso foi deputado federal de 1991 a 2018. Em 27 anos aprovou apenas 28 projetos, nenhum deles de relevância e, diferentemente de Chávez, que tentou em 1992 liderar o derrocamento de um governo fascista e assassino que ultimava o povo venezuelano desde o Caracaço de 1989, Bolsonaro planejou colocar bombas nos quartéis e voar a adutora do Guandu.
Um obrou para liberar o povo, o outro para aumentar seu salário. Reinaldo Azevedo sabe que a história já se passou, é imutável e não admite mentiras e provocações.

#NossaOpinião #Editorial #Desacato13Anos #RededeJornalismoSolidárop

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