Nos EUA, o fascismo dá votos

Na última terça-feira (8/12), Donald Trump propôs proibir a entrada nos EUA de qualquer muçulmano, não só refugiados ou imigrantes, mas turistas e cidadãos residentes no exterior, quiçá até seus sócios de Dubai.

Desta vez, dizem os otimistas, “pulou o tubarão”, como se diz de séries de tevê que esgotam suas ideias, apelam para o sensacionalismo e começam a perder audiência. 

É de recear, porém, que na verdade seu desempenho esteja de acordo com o personagem e o gosto da audiência. O plano inconstitucional de Trump foi criticado por todos os concorrentes e até por Benjamin Netanyahu, o que levou o magnata a cancelar a visita a Israel prevista para o fim do ano.

Mas foi celebrado por comentaristas de rádios e tevês conservadoras e a “polêmica” ampliou seu espaço mesmo na mídia liberal e deixou os rivais mais cordatos na sombra.

Dois terços dos republicanos apoiaram sua proposta e ele subiu nas pesquisas. Ao levá-lo a sério, a mídia presta o pior serviço possível a seu país.

Foto: Reprodução/Carta Capital

Fonte: Carta Capital

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