No Rio de Janeiro, Margareth Menezes destaca a importância da preservação da memória e do incentivo às artes circenses

Durante a agenda, ministra da Cultura visitou Centro de Documentação e Escola de Circo da Funarte. #DesacatoPontodeCultura

Foto: Tarcisio Boquady/MinC

No segundo dia de agendas no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (4), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, visitou equipamentos culturais da Fundação Nacional de Artes (Funarte) no estado: a Escola de Circo da Funarte e o Centro de Documentação e Informação da vinculada (Cedoc), localizado no antigo Museu da Moeda. Na ocasião, foram anunciadas ações para continuidade e aprimoramento de políticas públicas para preservação do acervo documental de cultura e difusão da arte circense.

Durante a visita à Escola de Circo da Funarte, a ministra pôde conhecer de perto o trabalho realizado pela instituição, referência no ensino e formação de artistas circenses e reforçou o compromisso do MinC com as instituições que promovem a arte e a cultura no país.
“O circo é uma arte completa, pois coloca o ser humano em um espaço de expressão de alma. É uma das expressões mais autênticas da nossa cultura popular. Investir nas artes circenses é promover a diversidade cultural e garantir que essa tradição se mantenha viva e pulsante em nosso país”, afirmou Margareth Menezes.

Maria Marighella, presidenta da Funarte, anunciou uma parceria entre a Escola de Circo da Funarte com o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) que permite que os alunos saiam da unidade com diploma superior técnico.

“A Escola de Circo da Funarte é a única escola pública no Brasil em que os alunos se formam artistas circenses, técnicos circenses, no âmbito do ensino superior, graças a um convênio com o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). As artes brasileiras têm papel de diplomacia e de enfrentamento de desigualdades. E agora com essa festa e com essa cena saímos de uma eficiência técnica para uma abertura estética da Escola Nacional de Circo.

Arte circense

A arte circense, com sua rica tradição e capacidade de encantar todas as gerações, ocupa um lugar especial na cultura brasileira. Desde as antigas trupes que percorriam o país até os modernos espetáculos que integram tecnologia e inovação, o circo tem desempenhado um papel crucial na formação e disseminação da cultura popular brasileira.

Tradição

O circo chegou ao Brasil no final do século XIX, trazido por artistas europeus. Desde então, evoluiu e incorporou elementos culturais locais, resultando em uma expressão artística única e autenticamente brasileira. As trupes circenses, muitas vezes formadas por famílias inteiras, viajavam de cidade em cidade, levando alegria e diversão para pequenas comunidades e grandes centros urbanos. Essa itinerância ajudou a criar um senso de identidade e união entre diferentes regiões do país.

Memória Cultural

Seguindo a agenda, Margareth Menezes visitou o Centro de Documentação e Informação da Funarte (Cedoc) e destacou a importância da preservação de acervos e da memória cultural brasileira como pilares para o desenvolvimento social e cultural do Brasil.

“Tudo que estamos construindo pertence ao povo. Estamos buscando fazer uma gestão que alcance todas as pessoas e todas as políticas sociais e precisamos reconhecer essa diversidade cultural, social no Brasil. É preciso guardar essa memória e reconhecer o valor da nossa história cultural. E nós estamos nessa direção, para que possamos compreender nossa identidade e projetar um futuro mais inclusivo e democrático”, afirmou.

Na ocasião, foi assinado Protocolo de Intenções, entre a Funarte e a Casa da Moeda do Brasil (CMB) para a transferência de propriedade do imóvel do antigo Museu Casa da Moeda para a Funarte. A medida representa um grande avanço para a preservação do acervo do Centro de Documentação e Pesquisa da Funarte, que conta parte importante da história das artes brasileiras.

A transferência de sede com a conclusão de uma mudança de quase três toneladas em acervos e mobiliários, representou uma conquista histórica para a instituição e para a salvaguarda deste patrimônio brasileiro que é o acervo do Cedoc.

“A memória é um direito de um povo! E essa memória que nos leva mais longe e refunda sonhos. Preservar a memória das artes é um desafio político, mas é um compromisso. E nesta gestão renasce com o Ministério da Cultura, com a Funarte esse novo momento de reconstrução. A defesa da memória é a construção de um futuro mais justo e igual”, declarou Maria Marighella, presidenta Funarte.

O Centro preserva uma história de quase cem anos de políticas públicas para as artes e parte significativa da identidade cultural brasileira em seus arquivos, que somam quase dois milhões de itens. Considerado o maior acervo de teatro da América Latina, reúne vasto patrimônio bibliográfico, documental e museológico e é uma unidade especializada de informação em arte brasileira, nos segmentos de artes visuais, circo, dança, música e teatro. São livros, fotografias, cartazes, partituras, textos teatrais, desenhos de cenários e figurinos, caricaturas, obras únicas e originais. Abriga, ainda, gravações de áudio e vídeo em diversos formatos de todos os projetos e ações empreendidos pela própria Funarte e suas antecessoras.

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