No Gabinete do prefeito, servidores recebem promessa de reunião nesta quinta-feira

    Por Artur Cappellete, para Desacato.info.

    “Vem pra luta, vem. Contra a OS, vem”, cantava sob batuques do maracatu a vanguarda dos manifestantes, que seguiam do Ticen rumo à Prefeitura, onde deveria haver uma mesa de negociação, nesta quarta-feira, 25.

    “Estamos tentando negociar, mas a intransigência do prefeito nos obrigou a paralisar para contrapor o discurso mentiroso do prefeito”, ponderou o Sintrasem no carro de som.

    Nos últimos dias, a prefeitura gastou pelo menos 10 mil reais em anúncios nos principais jornais de Florianópolis, antes mesmo que o PL Creche e Saúde Já fosse aprovado na Câmara Municipal.

    Cerca de seis mil pessoas, no pico da manifestação, segundo o Sintrasem, denunciaram o que chamam de privatização dos serviços públicos da Prefeitura.

    Diante da Secretaria da Fazenda, onde é o gabinete do prefeito municipal, os manifestantes com o punhos cerrados entoaram em ritmo de hip hop “Fora Gean”, por pelo menos dois minutos.

    Renê Munaro, presidente do sindicato dos municipários informou que, na recepção, a Casa Civil manteve a condição de abrir negociações apenas após a volta ao trabalho.

    “O processo político foi violento, não só pelo que aconteceu sábado, mas porque a Prefeitura atropelou a discussão com a sociedade”, responderam os sindicalistas.

    Eles também informaram que novas unidades públicas fecharam hoje e houve aumento do apoio popular à pauta. O Sintrasem estima que, a adesão à greve seja de 70% dos servidores e 71 entidades já se manifestaram favoráveis aos servidores.

    “A proposta que o governo tem é manter as OS e não tem discussão nenhuma”, explicou Munaro. Mas diante do impasse, os representantes do governo prometeram apresentar a posição dos trabalhadores ao prefeito Gean Loureiro. Há um indicativo de nova reunião amanhã.

    Na assembleia de hoje à tarde, a greve foi mantida por maioria dos votos dos servidores.

    Depois da passagem pela prefeitura, os manifestantes seguiram pela rua Tenente Silveira em direção do Ticen, onde se dispersaram para evitar abordagem agressiva da polícia militar, como aconteceu isoladamente durante a noite.

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