Neste próximo domingo (25/01), no dia da comemoração dos 461 anos da cidade de São Paulo, dezenas de pessoas devem ir às ruas da capital para debater e denunciar a realidade da situação da população negra, jovem e periférica.
A violência, os altos índices de assassinatos, racismo e encarceramento em massa estão entre os problemas levantados pelo Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica, organizador da manifestação.
De acordo com o mapa da violência de 2014, os homicídios são a principal causa de mortes de jovens entre 19 e 25 anos. Eles são, na maioria, negros, moradores de favelas e áreas metropolitanas dos centros urbanos.
“A juventude preta, pobre e periférica é a principal vítima dos casos de homicídio do município, do Estado e do País. Chacinas e assassinatos promovidos por homens encapuzados em motos são cenas frequentes nas periferias de São Paulo”, diz a nota de convocação para o ato.
Segundo o Comitê, hoje, o papel de instituições como a Justiça e Polícia Militar, ao invés de ajudar e reverter a situação, apenas agrava a realidade de exclusão não garantindo os direitos desta população.
“Há uma realidade de constantes mortes de jovens nas periferias da cidade motivadas pelas ações da polícia (de farda ou em grupos de extermínio), e do crescente encarceramento dessa população, em razão, muitas vezes, de flagrantes forjados e da conduta arbitrária do Poder Judiciário, que decide quem é ou não é traficante”, aponta o Comitê.
O ato acontecerá a partir das 9 horas, na Praça da Sé, centro da capital, e contará com apresentações de grupos de RAP, poesias e falas de conscientização. Haverá um microfone aberto para quem quiser se expressar sobre o tema.
Foto: Reprodução/Brasil de Fato
Fonte: Brasil de Fato