No próximo sábado, 04/06/22, às 18h, será aberta a exposição MIRASAWÁ da artista Moara Tupinambá no espaço Armazém Coletivo Elza, em Florianópolis. A série apresenta a temática feminina indígena a partir de colagens analógicas, digitais e pinturas, voltando-se para distintas culturas. A artista vem produzindo desde 2016 sua série sobre o feminino sagrado que se transformou em Mirasáwa, que significa povo em nheengatu. A sabedoria feminina é retratada pela artista, trazendo referências de mulheres fortes, curandeiras, benzedeiras, parteiras e indígenas atuantes.
Para falar sobre este trabalho, Moara Tupinambá esteve presente na coluna “Diálogos Indígenas” desta quarta-feira (1). Segundo a artista a ideia do projeto é resgatar registros históricos dos povos originários e com fotos de mulheres ressignificar fragmento da realidade.
Moara, busca quebrar o estereótipo de que mulheres indígenas são “fetiches”. Na segunda fase da série, que está em produção, o retrato de mulheres contemporâneas será apresentado.
A artista também reflete sobre a situação das terras indígenas, tanto atacadas. Para ela, a arte neste contexto é fundamental como ferramenta de defesa e luta. “Nós artistas utilizamos da arte para contestar”, destaca.
A continuidade desta descolonização das lentes, como diz Ingrid Satere Mawé, fortalece o despertar de mentes para começar novos processos, para novas gerações.
As obras de Moara estarão à venda por encomenda e parte das vendas a artista irá doar ao Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza. A visitação pode ser feita por agendamento pelo telefone (48) 99952-3971.
Se sentir interesse em conhecer este trabalho, acesse à entrevista completa abaixo:
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