César Souza Junior (PSD), aliado aos Amin do PP enfrenta em Florianópolis neste segundo turno Gean Loureiro (PMDB). Ambos representam a continuidade de um projeto de cidade que ataca os trabalhadores há pelo menos 16 anos.
Os oito anos do governo Angela Amin (1999 a 2004) foram marcados pelo favorecimento às empresas de ônibus, os aumentos nas tarifas muito acima da inflação e a implantação do sistema “desintegrado” de transportes, além do caos na saúde e na educação, muita corrupção, criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. O Governo Dário continuou tudo isso: as filas na saúde possuem tempo médio de espera de 7 meses, temos 56% das crianças fora das creches, pagamos a segunda tarifa de ônibus mais cara do país, tivemos o escândalo da moeda verde e da compra de votos na Câmara de Vereadores, temos 10 mil famílias sem habitação, e continua a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.
Os partidos dos dois candidatos (PSD, o PP e PMDB) estão juntos no Governo Colombo, e juntos também no apoio aos ataques do governo Dilma aos trabalhadores, como as privatizações. A verdade é que eles não passam de velhas raposas com cara nova. Representam setores que sempre governaram nosso país, nosso estado e a nossa cidade, e que agora vêm com discursos cheios de promessas para tentar enganar você. Por trás das disputas e da troca de acusações, todos defendem o mesmo projeto. Irão governar para os ricos e poderosos e, frente à crise econômica mundial e a desaceleração da economia brasileira, todos atacarão ainda mais os direitos dos trabalhadores e da juventude.
A política de apoiar o “menos pior”, o “mal menor”, repetida em situações semelhantes por setores da esquerda como PT e PCdoB, só ajuda a criar ilusões entre os trabalhadores e nos enfraquece frente às respostas que teremos que dar aos novos ataques que virão, ganhe um ou outro candidato. Não vamos apoiar nenhum dos dois carrascos! Não ter posição ou ficar “neutro” também não é alternativa: precisamos de uma posição que arme desde já os trabalhadores para o enfrentamento com o futuro governante.
Chamamos o PSOL de Elson, assim como o PCdoB e o PT de Angela e Nildão, que se colocaram como candidaturas alternativas às que passaram para o segundo turno, para que, junto com ativistas, trabalhadores e estudantes independentes, façamos uma ampla campanha pelo voto nulo neste segundo turno. Ao invés de apoiar alternativas burguesas nas eleições, temos que investir na luta. Vamos chamar o voto nulo, e alertar os trabalhadores e o povo pobre sobre os ataques que estão por vir, como a reforma trabalhista do governo Dilma (Acordo Coletivo Especial), a tentativa de aumento da idade mínima da aposentadoria e a nova reforma privatizante da educação básica do governo Colombo.
O voto nulo indica que não há alternativa para os trabalhadores neste segundo turno. Uma grande soma de votos nulos pode enfraquecer o futuro governo que, ganhe quem ganhe, será nosso inimigo. Nem César, nem Gean, agora somos todos voto nulo!
Assinam:
* Gilmar Salgado
Direção Municipal – PSTU Florianópolis
PSTU – O PARTIDO DO SOCIALISMO E DAS LUTAS