A taxa de desocupação entre negros e pardos ficou acima da média nacional de 12% no quarto trimestre de 2016, segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Além disso, a renda média dessa população foi equivalente a apenas 55% da recebida pelos brancos.
Entre os negros, o desemprego atingiu 14,4% da força de trabalho, entre os pardos a taxa ficou em 14,1%. É a primeira vez que o IBGE divulga na Pnad Contínua informações sobre o mercado de trabalho com detalhes de cor e raça.
No quarto trimestre do ano anterior, a taxa de desocupação entre negros era de 11,2% e entre os pardos, 10,2% – na média nacional, no quarto trimestre de 2015, era de 9%. Entre os brancos o desemprego sempre foi menor percentualmente. A taxa de desocupação nessa população fechou 2016 em 9,5% e, no anterior, havia sido de 7,4%.
No primeiro trimestre de 2012, primeiro ano da pesquisa, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,7%; a dos pardos a 9,1% e a dos brancos era de 6,6%.
O contingente dos desocupados no país no quarto trimestre de 2012 foi estimado em 6,7 milhões de pessoas, segundo o IBGE. Os pardos representavam 52,4% dessa população, seguidos dos brancos (37,5%) e dos negros (9,6%). No fim de 2016, esse contingente subiu para 12,3 milhões de pessoas, e a participação dos pardos passou para 52,7%; a dos brancos para 35,6%; e a dos pretos subiu para 11,0%, revelou a Pnad Contínua.
O contingente de ocupados (90,3 milhões de pessoas) era composto no quarto trimestre de 2016 por, 41,7 milhões que se declararam de cor branca (46,2%); 39,6 milhões de cor parda (43,9%) e 8,1 milhões de cor preta (8,9%).
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas no país foi estimado no quarto trimestre de 2016 em R$ 2.043. O rendimento dos brancos foi estimado em R$ 2.660 (acima da média nacional), o dos pardos em R$ 1.480 e o dos pretos em R$ 1.461 (abaixo da média nacional).
Fonte: Controvérsia.