Por Raul Longo.
Não tenho tempo! Não, para tanta estupidez e não vou me expor a ler a matéria que gerou essas manifestações da ignorância que tanto nos envergonha perante aqueles que em visita à Florianópolis se espantam com o baixo nível cultural e intelectual de nossa classe média, há muito identificada como uma das mais atrasadas e retrógradas do Brasil, ainda há pouco notabilizada pelo país afora com os preconceitos de outro comentarista da RBS.
Provável que sequer exista a matéria e tudo se limite à reduzida percepção do “colunista” que considera a situação do Egito resolvidíssima. Mais uma exclusividade do “jornalismo” catarinense.
Jornalismo através do qual se pode explicar aos visitantes a razão do primarismo desta nossa classe média, como a que se exemplifica nas distorções e desconhecimentos de Antônio Souza, na obtusidade de Eduardo Silva e na absoluta falta de noção e caráter para assumir o que fala, do Bhrama que, apesar de se esconder sob pseudônimo, é aqui reproduzido como não o seria em nenhuma outra publicação um pouco mais séria.
Não pelo conteúdo do que diz, pois não diz nada, demonstrando não fazer a menor idéia do que fala nem de quem fala. A ignorância é um direito universal. Expressar a própria ignorância também, se houver quem pretenda essa ignorância por algum interesse em manter a incapacidade de raciocínio ou de percepção da realidade dos que os acompanham por veículos de comunicação.
Mas o que não se admite em nenhum verdadeiro meio de comunicação minimamente profissional, sequer blogs, até pela própria segurança jurídica, é a covardia da irresponsabilidade do anonimato. Outra das exclusividades da imprensa catarinense.
Quem conhece o Sr. Khader sabe que além da sabedoria que o coloca anos luz acima de tais comentários, não dedicará o mínimo de seu tempo com esclarecimentos à absoluta desinformação do incógnito autor.
Quem conhece o Comitê da Palestina e as pessoas que o compõe, sabe que têm muito mais a fazer do que responder interesses de “jornalistas” incautos ou a seus frívolos leitores.
E não é preciso conhecer a RBS a fundo para perceber de a quais interesses representa em meio ao pernicioso e permanente processo de alienação para estupidificar o povo desta região do Brasil.
No entanto, é de admirar a irresponsabilidade jurídica da corporação, pois se arriscam a amanhã ou depois depararem com outro que tenha tempo e esteja em nível similar. E isso terá custos.
É o que há de admirável aqui e mereceu algo de meu tempo, pois até corporações assumidamente criminosas, o que não é o caso da RBS, procuram se assessorar juridicamente. Ao menos essa assessoria a RBS deveria assumir, para que seus editores possam compreender o sentido do que é expresso no primeiro item do obrigatório “Termos e Condições para Publicação de Comentários de Leitores”.