Portuguesa Catarina Albuquerque fez uma visita ao estado de São Paulo em agosto e apontou falta de investimentos e responsabilidade do governo estadual para a crise hídrica; o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acusou a ONU de fazer uso político do tema; “Minhas preocupações não são os governos, são as pessoas. Eu não retiro nada daquilo que eu disse”, rebateu a relatora
SP 247 – A relatora da ONU para água e saneamento, a portuguesa Catarina Albuquerque, afirmou ter ficado surpreendida com o ofício enviado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pedindo que fossem corrigidas suas conclusões sobre a crise da água em São Paulo ressaltou que não retira nada do que disse em agosto, quando visitou o estado.
No ofício, Alckmin acusa a ONU de fazer uso político da água, pelo fato de Catarina conceder entrevistas à imprensa um dia antes da eleição do primeiro turno, e de ter cometido “erros factuais” em seu relatório. A relatora apontou responsabilidade do governo estadual pela falta d´água e falta de investimentos no estado.
“Minhas preocupações não são os governos, são as pessoas. Isso faz parte do cargo que ocupo”, disse ela, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. “Eu não retiro nada daquilo que eu disse. O que eu disse, poderia dizer sobre qualquer país do mundo [que passe por um contexto de seca]”, acrescentou.