Página 12 .- Não haverá recontagem de votos no Equador. O anúncio foi feito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na noite de terça-feira em outra sessão que levantou mais questões do que certezas sobre o poder eleitoral. A decisão de não abrir os registos eleitorais foi dada por falta de acordo: dois membros da CNE votaram a favor, um contra, outro absteve-se, e um saiu da sala que, por volta das onze horas da noite, estava semi- vazio, o que levou à suspensão da sessão.
O anúncio foi uma nova mudança de cenário em um contexto marcado por reviravoltas sucessivas: de um acordo na última sexta-feira entre Guillermo Lasso e Yaku Pérez, segundo e terceiro respectivamente, para contar 100% dos votos na província de Guayas e 50% em 16 outras províncias, para uma disputa sobre os termos do acordo e acusações mútuas de tentativa de fraude, para a decisão da noite de terça-feira.Assim, por fim, deve acontecer o que estava inicialmente previsto, ou seja, que a CNE divulgue os resultados das eleições de 7 de fevereiro, em que Andrés Arauz venceu com 32,72% dos votos, seguido de Lasso, com 19,74%, e Pérez, com 19,38 %. Arauz, candidato pela Revolução Cidadã, expressou sua “defesa no marco da lei” quanto à recontagem, bem como sua advertência para não ser usada “como pretexto para modificar o calendário eleitoral ou prorrogar o governo de Moreno”. (…)