O ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, divulgou neste sábado (13) que dois seguranças do líder opositor da Venezuela, Juan Guaidó, foram presos tentando vender cinco fuzis roubados das forças armadas do país.
O armamento roubado foi utilizado no final de abril, durante a última tentativa de golpe contra o governo de Nicolás Maduro. Guaidó é presidente da Assembleia Nacional venezuelana e se autoproclamou “presidente encarregado” do país no começo de 2019.
A operação foi coordenada pelo Ministério Público e, além dos cinco fuzis AK-103, foram confiscados dez carregadores que pertenciam à Guarda do Palácio Federal Legislativo. Os materiais seriam vendidos por 35 mil dólares.
Durante uma transmissão em rede nacional, o ministro mostrou fotos, vídeos e áudios que apontavam Erick Sánchez e Jason Parisi Castrillo como guarda-costas de Guaidó. Sánchez, que tem credenciais da Assembleia Nacional, teria confirmado que trabalha com o “presidente encarregado” há três meses.
Castrillo é treinador em uma academia de escoltas que se transferiu para o Peru. No trabalho, ele utiliza técnicas policiais baseadas nas Unidades de Armas e Táticas Especiais (SWAT) dos Estados Unidos.
Ambos foram vistos mais de uma vez fazendo a segurança de Guaidó. Junto com eles, foi preso em flagrante Eduardo Javier García, primo de Sánchez.
Guaidó criticou o governo e o acusou de ter “sequestrado” os dois membros de sua equipe com o objetivo de prejudicar a sua segurança e solicitou uma resposta das Nações Unidas e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. “A ditadura teme uma saída da crise. Sua natureza e divisões são o maior obstáculo para uma solução política e pacífica. Forças Armadas e comunidade internacional: aumentar a tensão em todos os tabuleiros é a única forma de mudar Venezuela”, afirmou o oposicionista em sua conta no Twitter.
O governo de Maduro disse que apresentará as provas na mesa de diálogo com a oposição na Ilha de Barbados e garantiu que teria outros dados de uma investigação que já dura mais de um mês, cujo trabalho teria revelado vários delitos dos opositores.