Por Pedro Estácio, da Plataforma de Jornalistas e Comunicadores da Venezuela, para Desacato.info
Nas eleições para eleger deputados à Assembleia Nacional (Congresso Nacional) da Venezuela, no próximo 6 de dezembro, estão à vista realidades que permitirão aos cidadãos decidir quem serão os ganhadores da importante contenda e, pelos fatos consumados, o Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, se aprecia como o ganhador.
Perante esta realidade não se fala de pesquisas nem de percentuais senão de ganhos e perdas para a sociedade venezuelana que, depois de 16 anos de revolução, soma em seu favor fatos que não podem ser desconhecidos, por mais propaganda obscurantista com a qual queiram esconder as gestões duma revolução que procura ser tão bolivariana e socialista quanto for possível.
Alguém poderia dizer que a situação social dos venezuelanos regrediu?
Não é fácil acreditar nisso, porque até agora, mais de 20 milhões de cidadãos têm sido beneficiados pelas Missões Sociais criadas pelo Comandante Hugo Chávez Frías. Alguém tem ideia de como ocultar as 800 mil moradias iniciadas e construídas na revolução e que esta semana entrega o presidente Nicolás Maduro na chamada quinta-feira da Moradia, por mais que os opositores neguem vê-las?
Cómo esconder?
Por mais que a ferramenta comunicacional da Direita que cria o eixo Miami-Madri-Bogotá se empenhe em falar de fraude, e o repite, de um dos sistemas eleitorais que goza de maior aperfeiçoamento no mundo, como o venezuelano, este se encontra superdistante das estranhas eleições de segundo grau com que os estadunidenses elegem uns milionários como suas autoridades e quem deverão gastar milhões para ser eleitos.
Também não é possível esconder na Venezuela os dois satélites “Simón Bolívar” e “Francisco de Miranda”, os quais são ferramentas de apoio à educação, a saúde e o meio ambiente. Certamente, um terceiro satélite está sendo construído na China.
E quando nos referimos ao transporte, estão sendo utilizados neste momento os Metrôs de Caracas, Valência, Maracaibo, o Trólebus de Mérida (foto), o trem que vai até os Vales do Tuy, o Metrô Elétrico de São Agustín, Cabo trem de Petare, Metrô Elétrico a Mariches e a recém inaugurada Estação de Bello Monte, localizada em um dos setores opositores à revolução venezuelana.
O que tenho tentado dizer nestas linhas é que o próximo 6 de dezembro –depois da algazarra que significará a campanha eleitoral – uns 19 milhões de pessoas irão decidir nas urnas quem irão ocupar os 167 cargos de deputados que estão em jogo, neste processo eleitoral número 20 que se efetua na Venezuela.
É suficiente pensar que há mais de 3 milhões de aposentados na Venezuela e onde se destaca que os adultos mais velhos com aposentadoria ocupam 75% no país que foi declarado pela Unesco em 2005 Livre de Analfabetismo, trás ter escolarizado um milhão 500 mil pessoas.
O concreto de tudo é que o país tem uma matrícula estudantil em média superior a 2 milhões 600mil estudantes, só no concernente à matrícula universitária e em relação à criação e fortalecimento de novas instituições de ensino na área universitária, o país ocupa o 5º lugar em nível mundial, segundo Unesco e tem uma média de 7 milhões de estudantes em nível escolar e de bacharelado.
E por que tanta oposição à revolução bolivariana da Venezuela?
O fato só de que se oponha ao modelo capitalista, que se incline por favorecer os pobres outorgando-lhes educação e saúde gratuita, moradia com baixo custo, empregos, poder comunal, possibilidades na empresa de gestão social, cooperativas e empresas produtoras de gestão coletiva, aumento de salários, aumento no monto das pensões, que rejeite a privatização dos serviços, entre outras coisas, deixa claro que não é aceitável pela classe que manteve o poder por décadas e se enriqueceu barbaramente, deu cabida ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial que terminou por tornar mais pobres os pobres e os cidadãos privatizando diversas empresas. Além do que o país vem sendo considerado pelos impérios com um mal exemplo, enquanto eles seguem enriquecendo-se e fazendo dano a cidadãos de outras nações que costumam somar-se aos seus interesses.
Versão em português: Raul Fitipaldi, para Desacato.info