Redação.
“Talvez não tenhamos nos dado conta que há uma sinistra coincidência: países onde há elevado índice de feminicídio lá também as mulheres trans e as travestis são corriqueiramente assassinados. É o caso do Brasil e do México. Há, portanto, pontos de unidade entre o feminícidio e o transfeminicídio que revelam, nos empurram, para uma conclusão óbvia. A motivação dos assassinatos das mulheres trans e das travestis é por performatizarem o gênero feminino”. Quem escreveu isso, em 2017, foi a professora e escritora Berenice Bento.
A situação não muda, ou muda pouco, e só muda pela luta. Nessa resistência inclusiva há algumas vitórias, como aconteceu na UFSC, onde os direitos transinclusivos foram reconhecidos na prática. Mas a violência continua nos diversos espaços da sociedade.
Vem mais uma jornada de luta do 8M, e com o lema “TRANSformando luto em lutas”, em 2024, esse assunto estará sendo dialogado com os conceitos de gênero, raça, deficiência e classe. Por causa dessa luta, Mirê Chagas, mulher negra, trans, uma das 5 covereadoras da Mandata Bem Viver/PSOL, na Câmara Municipal de Florianópolis, e co-fundadora da Rede Trans UFSC, foi a primeira entrevistada do JTT na semana do Dia Internacional de Luta das Mulheres.
Assista a entrevista a partir do momento de início clicando no vídeo abaixo: