A Cacica Ô-é Kaiapó se tornou liderança depois do falecimento do seu pai, cacique do povo Kaiapó no Pará, pela Covid-19. Com os aprendizados do pai e do avô, Ô-é Kaiapó luta na defesa do seu povo.
Ser uma mulher e indígena significa passar por um duplo preconceito. Vivemos em uma sociedade que vê o indígena como incapaz, com autoridades que não respeitam as lideranças indígenas. Somado a isso, poucas mulheres indígenas tem a possibilidade de seguir com os estudos de nível superior. Segundo Ô-é Kaiapó a educação é uma ferramenta fundamental para que as mulheres sejam respeitadas e aprender o português é importante para se defender.
A Cacica é a quinta mulher a ocupar o espaço de liderança no seu povo, mas ainda assim vê uma diferença no tratamento que recebe das demais lideranças. Segundo ela, mulheres e homens são grupos que não se misturam no povo Kaiapó, que até falam com sotaques diferentes. Por isso, a ocupação crescente das mulheres nos espaços de liderança causa impacto ao mesmo tempo que empodera.
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