Por Tiago Angelo.
Cerca de 850 mulheres jornalistas assinaram nesta quarta-feira (12/2) um manifesto repudiando os ataques sofridos pela jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello. Durante CPMI das Fake News, Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da Yacows, disse que a profissional teria feito insinuações sexuais para conseguir informações para uma reportagem.
Patrícia Campos Mello foi a responsável por revelar que empresas estavam enviando mensagens em massa pelo WhatsApp durante as eleições de 2018. Entre as empresas envolvidas na prática, que é ilegal, está justamente a Yacows.
A carta foi idealizada por Vera Magalhães, colunista do jornal O Estado de S. Paulo e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. O documento foi assinado por jornalistas dos principais veículos de comunicação do Brasil, entre elas, Miriam Leitão, Mônica Bergamo e Bela Megale.
“Sem apresentar qualquer prova ou mesmo evidência, o depoente acusou a repórter, uma das mais sérias e premiadas do Brasil, de se valer de tentativas de seduzi-lo para obter informações e forjar publicações”, afirma o manifesto.
Ainda segundo o documento, “é inaceitável que essas mentiras ganhem espaço em uma Comissão parlamentar de Inquérito que tem justamente como escopo investigar o uso das redes sociais e dos serviços de mensagens como WhatsApp para disseminar fake news”.
As declarações feitas pelo ex-funcionário da Yacows ocorreram nesta terça-feira (11/2). “Quando eu cheguei na Folha de S. Paulo, quando ela [repórter] escutou a negativa, o distrato que eu dei e deixei claro que não fazia parte do meu interesse, a pessoa querer um determinado tipo de matéria a troco de sexo, que não era a minha intenção, que a minha intenção era ser ouvido a respeito do meu livro, entendeu?”, disse Hans no Congresso.
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