Dirigido e roteirizado por Beto Novaes, o documentário realizado pela Fiocruz e UFRJ traz 14 mulheres ribeirinhas de diferentes comunidades que relatam como sobrevivem atualmente da pesca artesanal. Elas revelam aspectos das relações que estabelecem com o mar, os rios, as comunidades e entre elas mesmas. “Quando falo que o mar é terapia é porque eu nasci lá, é o som dele que me faz dormir e refletir”, diz Regina Menezes, uma das entrevistadas.
Os desafios apresentados ali perpassam pela sobrevivência das famílias dessas mulheres que são sustentadas por meio da pesca; a ameaçada à comunidade causada pela poluição de grandes indústrias e pelo turismo predatório que trazem danos ao ecossistema, entre outros.
As personagens são da Ilha da Maré, Salinas das Margaridas, Tapeorá, Salvador – todos municípios da Bahia -, e Goiana e Surinhaém de Pernambuco.
O documentário destaca ainda o engajamento e a resistência dessas mulheres em busca da preservação e demarcação dos territórios pesqueiros, manutenção e ampliação dos seus direitos sociais, inclusive o direto à aposentadoria e melhoria das condições de trabalho e da saúde sem perder autonomia. “Eu não tenho patrão, é o mar que determina a hora que eu vou a hora que devo voltar”, afirma Eliete Paraguaçu.
Conheça todas as entrevistas:
Ilha da Maré/BA:Eliete Paraguaçu e Marselha Lopes.
Salinas da Margarida/BA: Elionice Sacramento, Ednalva Reis e Sandra Teixeira.
Salvador/BA: Daiana Ferreira e Regina Menezes.
Taperoá/BA: Ana Rita lopes.
Goiana/PE: Lindinalva Severiano de Souza, Maria Angela da Fonseca, Miriam Francisca Silva.
Sirinhaém/PE: Ana Sueli Correia, Angela Maria dos S. de Santana e Maria Jose de Paula.
Veja o vídeo na íntegra.
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Fonte: Saúde Popular.