Nesta sexta-feira (10), o MST divulgou uma nota em apoio e solidariedade ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), que organiza a greve dos servidores municipais de Florianopólis a mais de duas semanas.
“Entendemos que esta postura fere o direito à liberdade de associação e o próprio direito de greve, garantias constitucionais e legais conquistadas à duras penas na luta histórica da classe trabalhadora”, afirma trecho da nota.
Na quarta-feira (02), o Sintrasem foi notificado pela Justiça sobre a ilegalidade da greve dos servidores municipais. No entanto, a categoria pede a revogação do projeto de lei complementar (PLC) número 1.591/2017, que altera pontos no estatuto dos servidores.
Recentemente o Procurador Geral da prefeitura, Diogo Pitsica, pediu a prisão dos diretores do sindicato, a destituição da diretoria e intervenção, para restabelecimento da “ordem” constitucional. O MST afirma que as investidas da Administração Municipal em criminalizar o movimento grevista.
“Afirmamos que os trabalhadores – seja do setor público ou privado – não devem pagar pela crise gerada pelo próprio capitalismo, utilizada como subterfúgio para a privatização de serviços públicos, retirada de direitos sociais e trabalhistas e transferência das riquezas do povo para os organismos financeiros e grandes empresas”, salienta.
Confira o texto na íntegra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público prestar apoio e solidariedade ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis – SINTRASEM e à todas as trabalhadoras e trabalhadores que compõem a categoria, atualmente em greve, face às investidas da Administração Municipal em tentar criminalizar o movimento grevista, em especial com o pedido de prisão dos dirigentes sindicais e da sua destituição da direção do sindicato.
Entendemos que esta postura fere o direito à liberdade de associação e o próprio direito de greve, garantias constitucionais e legais conquistadas à duras penas na luta histórica da classe trabalhadora. Da mesma forma, afirmamos que os trabalhadores – seja do setor público ou privado – não devem pagar pela crise gerada pelo próprio capitalismo, utilizada como subterfúgio para a privatização de serviços públicos, retirada de direitos sociais e trabalhistas e transferência das riquezas do povo para os organismos financeiros e grandes empresas.
Compreendemos também que esse enfrentamento depende do fortalecimento da categoria dos trabalhadores diretamente afetados, mas, sobretudo, da unidade da classe trabalhadora e dos movimentos populares, com o objetivo de construir uma correlação de forças capaz de resistir ao processo de retirada dos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Por esta razão, as camponesas e camponeses Sem Terra se somam nesta luta da categoria das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público municipal de Florianópolis e se colocam ao lado desta trincheira na defesa dos seus direitos.
Mexeu com uma/um, mexeu com todas/todos!
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Fonte: MST.