Diante da intensa perseguição e criminalização, mais um Sem Terra foi detido na manhã desta terça-feira no interior de São Paulo. Em nota, o MST denuncia a arbitrariedade do processo e reforça a tensão vivida na região.
“Somente na região de Iaras, existem cerca de 50 mil hectares de terras públicas griladas ilegalmente por empresas do agronegócio dos setores da laranja, da cana de açúcar e celulose”.
Acompanhe:
Ontem, (11) o trabalhador rural, assentado e militante do MST, Willian Miranda Cabeçoni, foi detido por volta das 6h na região de Iaras, interior de São Paulo.
Sua prisão foi sido decretada pela justiça de Lençóis Paulista, numa ação arbitrária em defesa da Sucocitrico Cutrale, uma das maiores exportadoras de suco de laranja do mundo.
A Cutrale vem sendo denunciada há mais de uma década pelo MST por grilagem e invasão de terra públicas. Somente na região de Iaras, existem cerca de 50 mil hectares de terras públicas griladas ilegalmente por empresas do agronegócio dos setores da laranja, da cana de açúcar e celulose.
Lutamos cotidianamente para que o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Advocacia Geral da União (AGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria Federal cumpram com seu dever e façam valer os direitos constitucionais de arrecadação das terras públicas para a Reforma Agrária.
Denunciamos também a atuação política do judiciário em defesa das empresas privadas da região e de seus interesses particulares.
Liberdade para Willian Miranda Cabeçoni e Reforma Agrária nas terras da União!