MPF promove sarau “Geopoéticas de um Brasil plural” nesta quinta (22)

Abril é um mês de datas marcantes no Brasil. Marcantes e interessantes para quem pensa sobre diversidade e equidade. É o caso do desembarque da expedição de Pedro Álvarez Cabral em Coroa Vermelha (BA), há quase 521 anos; do movimento mineiro de contestação ao domínio português, há 232 anos; e da instituição, em pleno Estado Novo, do Dia do Índio, há 78 anos. O aniversário desses eventos resgata-os da História e atualiza-os numa série de debates em múltiplos espaços, que revisam ênfases, sentidos e personagens, e ensejam a reflexão sobre como, hoje, ocupamos (ou desocupamos) e vivenciamos as identidades e territorialidades que se abrigam neste país.

Incluindo-se nessa rede de eventos, as comissões de Equidade de Gênero e Raça das unidades do Ministério Público Federal (MPF) na região Sul – procuradorias da República no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e Procuradoria Regional da República na 4ª Região – e o programa Bem Viver, da Procuradoria da República em Santa Catarina, abrem espaço para enriquecer as reflexões com as experiências e expressões de artistas que vivem e retratam o Brasil de formas distintas. O sarau virtual “Geopoéticas de um Brasil plural”, nesta quinta-feira (22)das 17h30 às 19h, vai reunir o cacique Kuaray Papá e seu grupo de dança Nhe’e Ambá (SC), o mestre capoeira Guto Obafemi (RS), o poeta Marcelo Martins Silva (RS), a artesã e poetisa colombiana Reina Bejarano, que adotou Florianópolis como lar, e a artista brasileira radicada em Paris Nikki Goulart.

O evento será realizado no canal do Programa Bem Viver, no YouTube, e é aberto ao público, sem necessidade de inscrição. Ao longo da conversa, haverá oportunidade de encaminhar observações e perguntas pelo chat. Será disponibilizado um link com lista de presença; assiná-la é condição necessária para a emissão de certificados (no caso de servidores do MPF, válidos para adicional de qualificação).

Serviço
Evento: Geopoéticas de um Brasil plural
Data: Quinta-feira, 22 de abril
Horário: das 17h30 às 19h
Local: Canal do Programa Bem Viver no YouTube
Não é necessária inscrição.

ARTISTAS

NheeAmbá.jpgWhatsApp-Image-2021-04-18-at-19.03.01.jpgCacique Kuaray Papá
Seu nome, em Guarani, significa brilhos do Sol. Nasceu na aldeia Djataity, conhecida como Canta Galo, no interior do município de Viamão/RS. Seus pais se mudaram em 1994 para a área hoje conhecida como Aldeia do Morro dos Cavalos, em Palhoça/SC. Em 2000, a família foi para um acampamento na área da Aldeia Cambirela. “Foi ali que começou a ideia de duplicação da BR 101”, conta. Em 2002, mudou-se para a aldeia hoje conhecida como M’biguaçu. “Ali comecei a me envolver com os cantos e instrumentos tradicionais”, lembra. Em seguida, voltou ao RS e andou pelas terras de sua infância, chegando, em 2004, à Aldeia Estiva (Tekoá Nhundy), em Viamão.

Grupo Nhe’e Ambá
O grupo de canto e dança Guarani Mbyá “Nhe’éAmbá” (Morada dos Anjos), de Canelinha (SC), é composto por crianças e jovens da tekoá (aldeia) Tava’í. As canções são inspiradas em Nhanderu (Deus) e nos sons da Natureza.
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Para adquirir CDs: Fone (48) 99135-2069 | E-mail: [email protected]

Guto ObafemiGuto Obafemi

Capoeirista de estilo angola, Omó Orixá do Ilê Axé Yemanjá Omi Olodô, militante do movimento negro, educador social e cultural, acadêmico de Educação Física da UFRGS, membro do Conselho da Salvaguarda da Capoeira no Estado do RS e Presidente da OSCIP Áfricanamente. É idealizador de diversos projetos relacionados à cultura negra, tais como: “Agô! Conversando sobre orixás”, “Ori Inu – Aprendendo a Ser e a Conviver a partir dos ensinamentos africanos”, “Mostra Itinerante de Capoeira Angola”, “Cine Africanamente”, “Memória Ancestral”, “Afriksons e Afrikmovimentos”, “Roda de Capoeira da Feira Orgânica do Brique da Redenção”, entre outros. Atualmente, é o responsável pela Escola Africanamente de Capoeira Angola e Coordenador do Ponto de Cultura Africanamente, local onde são realizadas e acolhidas diversas ações em prol da luta antirracista e da promoção da igualdade social.
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Marcelo Martins SilvaMarcelo Martins Silva
Natural de Porto Alegre (RS), é poeta e professor de Língua Portuguesa e Literatura da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Publicou poesia e contos em revistas como Rusga, Subversa, Mallarmargens e outras. Criou a oficina “A poesia é um atentado celeste” que fez parte da programação da FestipoaLiterária 2019. Foi um dos idealizadores e apresentadores do podcast de poesia Cafuné com Mandinga, transmitido pela Mínima FM. Em 2015, participou da coletânea de poesia Cantos Seletos, publicado pela Editora Literacidade. Em 2019, lançou o livro de poesia O que carrego no ventre, editado pela Figura de Linguagem, finalista do Prêmio AGES Livro do Ano – Edição 2020, categoria Poesia, promovido pela Associação Gaúcha de Escritores. Em 2020, lançou o livro de poesia A Matéria Inacabada das Coisas, pela Editora Diadorim. Em 2021 publicou a novela Mil Manhãs Semelhantes, na Revista Parêntese.
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Nikki GoulartNikki Goulart
Maquiadora e artista. Em 2008, foi reconhecida nacionalmente pelo Prêmio Avon de Maquiagem, na categoria Artes, pelo seu trabalho na peça “Fim de Jogo”, de Samuel Beckett, dirigida por Luiz Paulo Vasconcelos. Depois, fez criações de maquiagem para diversas companhias de teatro do Rio Grande do Sul. Em 2010 foi convidada pra trabalhar com Rita Lee, com quem performou até 2012, na turnê “ETC…”. Em 2012, participou como atriz da peça “Michael e eu”, estrelada por Bruno Garcia e Pedroca Monteiro e dirigida por Marcelo Pedreira.

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Reina Bejarano LopezReina Bejarano
Natural de Manzanares, Colômbia, Reina é mãe de três filhos, entre eles Saywa, um menino com síndrome de Down. É promotora de leitura e escrita e gestora cultural. Faz crochê e técnicas artesanais que aprendeu com sua avó e, também, arepas, comida tradicional da Venezuela e da Colômbia. Além disso, gosta de criar poesia, acompanhada pela flauta de pã de Fredy Aza, seu companheiro de vida. Há quatro anos, mora em Florianópolis: “Amei a Ilha da Magia”, declara.
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