O Ministério Público Federal denunciou a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, por improbidade administrativa. Segundo o MPF, os dois devem ser responsabilizados por terem conduzido a política de preços da gasolina e do disel com o fim de controlar a inflação, entre 2013 e 2014, o que teria supostamente causada prejuízo à Petrobras.
De acordo com reportagem do portal Infomoney desta quinta (7), os procuradores ainda afirmaram que o objetivo da medida adotada pela Petrobras era favorecer Dilma Rousseff (PT) na eleição de 2014 evitando uma alta no preço dos combustíveis. A reportagem não informa o valor do suposto prejuízo.
“Como se demonstrará na presente demanda, o desvio de finalidade verificado, de forma intencional, na política de preços de combustíveis da Petrobras, mediante a orientação da Companhia de maneira contrária ao próprio interesse desta, configura ato de improbidade administrativa por parte de seus administradores, hábil a autorizar a aplicação das sanções previstas na Lei nº 8.429/1992 em desfavor dos responsáveis , bem como abuso do poder controlador, que legitima o ressarcimento dos prejuízos causados à empresa”, afirmam os procuradores.
Além de Graça Foster e Mantega, o MPF denunciou na mesma ação a ex-ministra Miriam Belchior do Planejamento, o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, José Maria Rangel e Marcio Pereira Zimmermann. Todos teriam feito parte do Conselho de Administração da Petrobras a época dos fatos.
Na visão do MPF, os conselheiros, principalmente os que foram indicados pelo governo, não apresentaram nenhum ponto positivo para a Petrobras com a decisão de não aumentar os preços dos combustíveis.
Os procuradores disseram que o Conselho, na verdade, atuava de acordo com os interesses do governo Dilma, que tentava segurar o preço dos combustíveis “tendo em vista as eleições presidenciais de 2014.”
Fonte: Jornal GGN