O assassinato, por espancamento, de um menino de 13 anos que pedia dinheiro para lanchar em uma rede de lanchonetes Habib’s gera revolta e uma campanha nacional para que o brasileiro boicote a empresa. João Victor Souza Carvalho foi atacado no dia 26, por volta das 19h48 por três seguranças quando recolhia alguns trocados que permitissem lanchar na própria lanchonete. O menino, desacordado, foi deixado na rua, diante da lanchonete, como se fosse saco de lixo. Segundo o laudo médico, o menino sofreu uma parada cardiorrespiratória por conta da violência.
A loja fica na Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo. Chama a atenção o comportamento da polícia de São Paulo que procura, em exames, constatar se o menor havia consumido drogas – com isso os assassinos poderão se livrar da acusação e também a rede de lanchonetes ficaria desobrigada a indenizar parentes.
“Ele teve uma morte que não se faz nem com animal. Meu filho era humilde igual eu, catador de lixo. Ele pedia, mas não roubava nada de ninguém. O moleque foi espancado por causa que estava pedindo um real para comer um lanche”, disse, indignado, o pai do adolescente, Marcelo Fernandes de Carvalho, de 42 anos.
Embora houvesse testemunhas no local, a PM não conduziu ninguém para a DP. Negligência? É o tipo de caso que o policial adoraria ser chamado de incompetente.
Habib’s
Leia abaixo a íntegra da nota do Habib’s sobre o caso da morte do adolescente:
“A Rede informa que continua apurando os fatos da lamentável ocorrência em uma de suas unidades franqueadas.
A franqueadora leva em consideração as informações relatadas pelos funcionários da unidade franqueada, presentes no momento da ocorrência, bem como os relatos registrados em B.O.
A polícia foi acionada, assim que verificaram que a conduta do menor estava incontrolável, ameaçando o patrimônio físico da loja e dos clientes.
Diante do estado do jovem, imediatamente, também o resgate foi acionado. E todas as orientações, por ele passadas, foram seguidas para garantir o devido socorro ao jovem, que, infelizmente, veio a falecer a caminho do hospital.
A Rede esclarece, ainda, que vai cooperar com as investigações, se empenhando em esclarecer todos os detalhes do ocorrido com prioridade.”