“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso. Agora qual o momento para isso? Não existe forma de bolo. Nós temos planejamentos”, disse Mourão. “Desde o começo da crise, o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade.”
“Os Poderes terão que buscar uma solução. Se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução. E essa imposição não será fácil, ela trará problemas, podem ter certeza disso aí”, acrescentou. “O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver haverá”.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública soltou nota neste domingo criticando as falas do general. “Esta declaração é muito grave e ganha conotação oficial na medida em que o General estava fardado e, por isso, representando formalmente o comando da força terrestre”, diz a nota.
Em 2015, o novo general Mourão foi demitido do Comando Militar do Sul pela presidenta eleita Dilma Rousseff por lhe fazer críticas publicamente e por ter permitido uma homenagem ao torturador Brilhante Ustra em um quartel sob seu comando.
O velho general Mourão morreu em 1972.