A Rússia possui provas “irrefutáveis” de que um alegado ataque químico na cidade síria de Douma foi uma encenação organizada inclusive por serviços secretos estrangeiros, disse nesta sexta-feira (13/04) o chefe do Ministério das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov.
“Dispomos de dados irrefutáveis de que foi mais uma encenação e que nesta encenação se envolveram serviços secretos de um país que hoje em dia se esforça para estar nas primeiras fileiras da campanha russofóbica”, declarou Lavrov durante briefing à imprensa em Moscou.
O chanceler lembrou que, há poucos dias, um grupo de especialistas da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) partiu para o território sírio.
“Ele deve chegar a Damasco, se não me engano, amanhã [sábado] de manhã, e esperamos que vá para Douma sem demoras, onde nossos especialistas, que inspecionaram o local, não acharam nenhuma prova do uso de armas químicas, cloro ou qualquer outra substância”, explicou.
No fim da semana passada, diversos países – entre eles, EUA e França – acusaram o governo de Bashar Al Assad de realizar um ataque qu[imico na cidade de Douma, em Ghouta Oriental. Moscou refutou os relatos sobre a suposta bomba de cloro, supostamente lançada por militares sírios. Damasco, por sua vez, nega categoricamente que tenha feito algo.
Reino Unido
O conselho de Ministros do Reino Unido autorizou nesta quinta-feira (13/04) a primeira-ministra britânica, Theresa May, a continuar coordenando, juntamente com os Estados Unidos e a França, uma ação militar para impedir o uso de armas químicas na Síria.
“O gabinete concordou com a necessidade de tomar medidas para aliviar o sofrimento humanitário e impedir o uso de armas químicas pelo regime de [Bashar al-Assad]”, explicou May, em comunicado. A nota ainda ressalta que a premiê britânica deve trabalhar com os aliados, EUA e França, em uma eventual resposta coordenada internacional.
Ainda na quinta, a Casa Branca afirmou que nenhuma decisão foi tomada ainda sobre a Síria. “Os Estados Unidos continuam a examinar as informações de inteligência”, afirmou a porta-voz do governo norte-americano, Sarah Sanders.