Sul 21.- O líder histórico do Partido Comunista da Espanha (PCE), Santiago Carrillo, morreu aos 97 anos, anunciou nesta terça-feira (18) à Rádio Nacional uma fonte do partido. Carrillo, secretário-geral do PCE entre 1960 e 1982, foi uma importante ator da história espanhola, da Guerra Civil (1936-1939) até a transição democrática, iniciada depois da morte do ditador Francisco Franco, em 1975.
Nascido em 18 de março de 1915, na região das Astúrias, no norte da Espanha começou muito jovem na política e no jornalismo. Durante a Guerra Civil espanhola, foi delegado de Ordem Pública em Madri, e em 1939, no final do conflito, começou um longo exílio que o levou à extinta União Soviética, EUA, Argentina, México, Argélia e França.
Ele retornou clandestinamente à Espanha em 1976, um ano antes da legalização do PCE, ao qual tinha se filiado em julho de 1936 e pelo qual foi eleito deputado em 1977, nas primeiras eleições do período democrático, e depois reeleito em 1979 e 1982.
Durante sua etapa como delegado de Ordem Pública e membro da Junta de Defesa de Madri (1936), foi responsabilizado pelo massacre de militares sublevados na cidade de Paracuellos del Jarama, embora sempre tenha negado a autoria.
Carrillo viveu a tentativa de golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981 e foi um dos três políticos, junto com o então presidente do Governo, Adolfo Suárez, e o vice-presidente, general Gutiérrez Mellado, a permanecer em seu posto. O histórico dirigente comunista, que abandonou o PCE em 1985, dedicou seus últimos anos a escrever livros e artigos e a dar palestras.
Com informações do Opera Mundi