Jornal GGN – Sergio Moro aumentou a carga do conflito do governo com o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, solicitando uma investigação à Procuradoria Geral da República, nesta quinta (8).
O ministro da Justiça alega que foi vítima dos crimes de calúnia, injúria e difamação porque Santa Cruz afirmou, em entrevista, que o ex-juiz da Lava Jato age como “chefe de quadrilha” na operação Spoofing, que apura invasões hacking no celular de autoridades.
Numa entrevista à Folha, em 26 de julho, Santa Cruz disse que Moro “usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que são investigadas”.
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A declaração ocorreu após a imprensa revelar que autoridades hackeadas teriam recebido ligações de Moro, prometendo que as mensagens seriam descartadas.
“Atribuir falsamente ao Ministro da Justiça e Segurança Pública a condição de chefe de quadrilha configura em tese o crime de calúnia do art. 138 do Código Penal”, disse Moro, numa representação enviada à Dodge.
“Extrai-se do texto (reportagem da Folha) menção explícita pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sr. Felipe Santa Cruz, a suposta unidade de desígnios entre este subscritor e outros indivíduos com o objetivo de cometimento de ilícitos, o que configura imputação falsa de fato definido como crime –especificamente de associação criminosa, ex vi do art. 288 do Código Penal”, acrescentou Moro.
Caberá à PGR, segundo Moro, avaliar quais providências podem ser tomadas.