O ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse, nesta sexta-feira (8), que “a decisão da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) para aguardar o trânsito em julgado deve ser respeitada”, ponderou Moro.
Moro disse também que “sempre defendeu a execução da condenação criminal em segunda instância e continuará defendendo”.
Ele apontou ainda para o Legislativo e fez referência a um trecho do voto do presidente do Supremo. “O Congresso pode, de todo modo, alterar a Constituição ou a lei para permitir novamente a execução em segunda instância, como, aliás, reconhecido no voto do próprio ministro (Dias) Toffoli.”
“Afinal, juízes interpretam a lei e congressistas fazem a lei, cada um em sua competência”, disse Sérgio Moro.
Zanin: Nem uma hora a mais
Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve, na manhã desta sexta-feira, com ele na cela que ocupa na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Foi o primeiro encontro logo após a votação do Supremo Tribunal Federal (STF) que acabou com a prisão em segunda instância. Zanin afirmou esperar que, após a decisão, Lula seja solto imediatamente.
“Vamos conversar com a doutora Carolina Lebbos. Esperamos que haja a expedição imediata do alvará de soltura, pois não há o menor respaldo para que se mantenha Lula preso por mais uma hora sequer. Qualquer ato protelatório dará contornos políticos a esta decisão”, disse o advogado.
Com informações do Estadão