Por Victor Farinelli.
A Mongólia anunciou neste sábado (4) que identificou 2 casos de peste bubônica na cidade de Khovd, no noroeste do país, perto da tríplice fronteira com a China e a Rússia.
O Centro Nacional de Zoonoses da Mongólia acredita que o surto pode ter surgido do consumo de carne de marmota cru por parte de moradores dessas regiões.
A descoberta despertou alerta de saúde no país, que decidiu isolar cidades do noroeste do país e de boa parte da fronteira com a Rússia.
O temor das autoridades mongóis é que a doença se transforme em um segundo surto no país, paralelo com o do coronavírus – que o país considera controlado, já que tem apenas 220 casos oficiais e apenas 2 falecidos, mas prefere não baixar a guarda, devido à sua proximidade com a China, país de origem da pandemia, e a Rússia, o terceiro com mais casos no mundo.
A peste bubônica foi uma das doenças mais devastadoras da história da humanidade. Se estima que sua pandemia, durante a Idade Média, chegou a matar cerca de 100 milhões de pessoas na Ásia e na Europa, especialmente no seu auge, entre os anos de 1347 e 1351.
Alguns historiadores afirmam que a praga dizimou entre 30% e 50% da população da Europa em sua época.