Rafael Nogueira, monarquista e olavista, foi indicado ontem (1/02) pela deputada estadual Ana Campagnollo (PL) para presidir a Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
No governo Bolsonaro, Rafael foi presidente da Biblioteca Nacional, indicado por Roberto Alvim, secretário que divulgou vídeo imitando o ideólogo nazista Joseph Goebbels. Em sua primeira entrevista como presidente da Biblioteca Nacional, em dezembro de 2019, Nogueira defendeu o conservadorismo e disse que foi convidado por Alvim, que depois seria demitido por apologia ao nazismo, porque este gostaria que “a juventude tivesse inspiração, gosto pelo estudo, amor à pátria”.
Antes de assumir o cargo na Biblioteca Nacional, trabalhava com “formação política de eleitores, militantes e candidatos, com análises em três rádios diferentes em Santos – SP” e escrevia “sobre educação e filosofia”. Também integrava a plataforma de streaming Brasil Paralelo, empresa de direita e conservadora que produz conteúdo e promove palestras. Com forte influência de Olavo de Carvalho (em vídeo, um dos fundadores da produtora fala como Olavo de Carvalho foi fundamental na estruturação da Brasil Paralelo).
Em seu Twitter pessoal (agora desativado), Nogueira afirmou “Acho o carnaval uma bela merda. Sempre achei. Uma bela merda”, em outra postagem disse que o país no carnaval vira uma “cloaca fedida”.
O comando dessa figura na FCC, que não mora em Santa Catarina e não tem qualquer vínculo com o estado é de grande preocupação para aqueles que vivem da arte e da cultura e os que a apreciam. Além disso, pode afetar os editais e prêmios culturais de Santa Catarina e perseguir ideologicamente artistas.
Com informações do Estadão.