Texto original no “O País” de Moçambique.
“Quando as barricadas não permitem que os munícipes consigam chegar aos hospitais, que os munícipes consigam chegar à escola, quando as barricadas não permitem, até, que os munícipes consigam ir sepultar o seu familiar, já constitui uma humilhação”, desabafou, hoje, o presidente do Município de Maputo sobre os protestos pós-eleitorais.
O Conselho Municipal de Maputo chamou, hoje, a imprensa para falar dos impactos dos protestos pós-eleitorais em curso no país.
“Temos estado a observar um cenário de muita destruição de bens públicos e várias infra-estruturas. Essas infra-estruturas são nossas. Devemos cuidar daquilo que é nosso e não destruir”, começou por dizer Rasaque Manhique.
De acordo do o edil de Maputo a manifestação é um direito que assiste aos moçambicanos, mas quando não observa os ditames legais cria prejuízos a cidade.
“As barricadas que temos estado a ver na nossa cidade prejudicam bastante a prestação de serviços elementares, a prestação de serviços básicos que todos nós devemos ter”, explicou.
Sobre o lixo, Manhique explicou que por dia a cidade de Maputo produz cerca de 1,3 toneladas e, com a paralisação das atividades, fica difícil fazer a sua recolha.
“Já a recolha desta quantidade de lixo exige um trabalho árduo de todos os intervenientes do processo”, avançou o edil esclarecendo que “essa presença de resíduos sólidos concorre para que tenhamos doenças”.
Perante o cenário que se vive na capital do país, Manhique apelou aos munícipes para que não aderem a manifestações violentas e que não coloquem barricadas na via pública de modo a viabilizar a prestação de serviços básicos.