O projeto Cinema ao Vivo, do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), irá compor a programação da 16ª Semana Nacional de Museus, que neste ano tem o tema “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”. Serão realizadas quatro sessões – uma de cada edição já realizada até hoje – na Sala de Cinema do CIC. As sessões terão entrada gratuita e serão realizadas entre segunda e quinta-feira (dias 14, 15, 16 e 17 de maio), às 20h.
A programação começa com dois super clássicos do diretor Charlie Chaplin: no dia 14 de maio será exibido o filme “Tempos Modernos”, com a trilha sonora executada pela Orquestra Manancial da Alvorada. No dia seguinte (15) é a vez do filme “O Circo” com a centenária Banda da Lapa comandando a trilha sonora. Já no dia 16 é a vez do clássico de terror “Nosferatu”, do diretor Friedrich Wilhelm Murnau e o Power Trio Os Skrotes. Para encerrar a sequência de clássicos, será exibido o filme “A General”, do diretor Buster Keaton, e a trilha sonora fica por conta da Orquestra de Choro do Campeche. A classificação etária é de 12 anos para o filme “Nosferatu” e livre para as demais.
“Esta é a essência do Cinema ao Vivo: proporcionar ao público a oportunidade de assistir grandes espetáculos que remontam às origens do cinema mundial. Assim, resgata-se a tradição do antigo cinema mudo, em que, devido a limitações tecnológicas, o som era executado ao vivo a cada exibição, o que tornava cada sessão única. Agora com mais recursos é possível criar uma atmosfera, onde o passado e o presente ganham uma nova relevância em termos de experiência cinematográfica”, explica a administradora do MIS/SC, Ana Lígia Becker.
Sobre o projeto
O projeto Cinema ao Vivo teve início em 2015 e já adaptou para as telas quatro filmes: “Nosferatu”, com Skrotes, e as comédias “O Circo” (Charlie Chaplin, 1928), com a Banda da Lapa, “A General” (de Buster Keaton, 1926), com a Orquestra de Choro da Escola Livre de Música de Florianópolis, e “Tempos Modernos” (Charlie Chaplin, de 1936), com a trilha composta pela Orquestra Manancial da Alvorada. Sucesso incontestável de público, o Cinema ao Vivo levou mais de 2,5 mil pessoas nas mais de 20 sessões que promoveu e todas com lotação.
Teaser do projeto: https://youtu.be/FQm2J7I3m9g
Sobre os filmes
:: Tempos Modernos
O icônico Vagabundo está empregado em uma fábrica, onde as máquinas inevitável e completamente o dominam e vários percalços o levam para a prisão. Entre suas passagens pela prisão, ele conhece e faz amizade com uma garota órfã. Ambos, juntos e separados, tentam lidar com as dificuldades da vida moderna, o Vagabundo trabalhando como garçom e, eventualmente, um artista.
Teaser da apresentação: https://youtu.be/pQO4bLLQr1s
:: O Circo
“O Circo” é um filme mudo americano de 1928, do gênero comédia, escrito, produzido, dirigido e protagonizado pelo lendário Charlie Chaplin. No filme, o Vagabundo acaba indo parar em um circo enquanto fugia da polícia, que o confundira com um ladrão de carteiras. Ele sem querer acaba entrando no espetáculo e fazendo grande sucesso com o público, sendo logo contratado pelo dono, que irá se aproveitar dele. Ele ainda arranja tempo para se apaixonar pela acrobata, filha desse mesmo proprietário.
Teaser da apresentação: https://youtu.be/5aQanHoHtuc
:: Nosferatu
O longa “Nosferatu” narra a história de Conde Orlok, um vampiro dos Montes Cárpatos que se apaixona perdidamente por Ellen e traz o terror à cidade dela, Wisborg. “Nosferatu” é considerado um dos primeiros representantes do gênero de terror no cinema, além de sua concepção visual ter exercido forte influência no gênero. Ao mesmo tempo, com um protagonista demoníaco e seu caráter perturbado, a obra é considerada uma representação fiel do cinema da República de Weimar.
A trilha sonora original de “Nosferatu” foi composta por Hans Erdmann (1888-1942), para ser executada ao vivo durante as exibições, como era comum na era do cinema mudo. (Fonte: Wikipédia)
Teaser da apresentação: https://youtu.be/0Uc70mhbkuw
:: A General
Quando a Guerra Civil americana teve início, o maquinista Johnny Gray (Buster Keaton) apaixonado pelo seu trem A General não foi aceito para lutar porque seria mais útil como engenheiro da ferrovia. Assim, sua amada Annabelle (Marion Mack) começou a pensar nele como covarde. Até o dia em que ele vai provar que tem coragem e também loucura, ao perseguir sozinho um bando de espiões unionistas, que roubaram o trem A General e dentro dele Annabelle Lee.
Teaser da apresentação: https://youtu.be/SJV3EuNGf4c
Sobre as bandas
:: Orquestra Manancial da Alvorada
A Orquestra Manancial da Alvorada é um noneto composto por Julian Brzozowki (saxofone tenor, violão, voz, composição) Rafael Pfleger (baixo, produção); Fabio Cadore (percussão); Dandara Manoela (voz, percussão); Daniel Postal (guitarra, voz); Paulo Zanetti (saxofone soprano, saxofone tenor, clarone); Charles Kobarg (acordeon, voz); Leonardo Schmidt (guitarra, percussão) e Gabriel Dutra (bateria, sintetizador). Unindo artistas dos mais diferentes gêneros, a Orquestra Manancial da Alvorada acaba entrecruzando as cenas do jazz, samba, rock e sertanejo, ao trazer rostos dos mais diversos cantos da musica florianopolitana. Assim, o grupo vem alargando seu público e ganhando notoriedade rapidamente. Prova dessa rápida ascenção foi sua participação no projeto CIC Grandes Encontros juntamente com o septeto Tao Orquestra, grande projeto encabeçado por importantes figuras da música na ilha. A apresentação, realizada dia 17 de maio de 2017 no Teatro Ademir Rosa, o mais prestigioso palco de Florianópolis, foi apenas a quarta apresentação ao vivo da Orquestra Manancial da Alvorada.
O grupo iniciou suas atividades em outubro de 2015, e concluiu seu primeiro ano de trabalho apresentando o espetáculo Via Várzea no Teatro Álvaro Carvalho no dia 18 de outubro de 2016, como parte do festival Floripa Noise. Link para o vídeo completo aqui. Via Várzea, o álbum de estreia da Orquestra, é composto por nove faixas autorais escritas por Julian Brzozowski e arranjadas em parceria com o grupo. O espetáculo de apresentação do projeto contou com as participações de Addia Furtado (djembe, performance); Marissol Mwaba (voz); Renata Corrêa (voz) e João Lazaro, o artista audiovisual responsável pela direção de arte do cenário. O espetáculo foi captado em 7 câmeras e 29 canais de áudio, sob a direção de Julian Brzozowski, mixagem e masterização de Rafael Pfleger, e montagem e edição de Charles Kobarg. A versão de estúdio do álbum Via Várzea está em fase de produção no Estúdio Pimenta do Reino, em Florianópolis, sob os cuidados técnicos do baixista do grupo, o produtor Rafael Pfleger. Duas das músicas em versão de pré-produção de estúdio estão disponíveis para avaliação, “Preço Bom Nós Tem” e “Ad Remelexum et Avant”. Ainda em sua agenda de 2017, o grupo irá participar do projeto Cinema ao Vivo, realizado pela Fundação Catarinense de Cultura na sala de cinema do CIC, musicando ao vivo o filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin. O DVD ao vivo Ganga Canastra é a preparação de 9 faixas autorais para o segundo álbum da Orquestra Manancial da Alvorada, dando continuidade ao trabalho iniciado com Via Várzea.
:: Banda da Lapa
Fundada em 15 de agosto de 1896, a Sociedade Musical e Recreativa Lapa é uma das mais respeitadas entidades de Florianópolis, declarada de utilidade pública municipal pelo Decreto nº 3.767/92, de 21 de maio de 1992. A banda conta com cerca de 30 músicos, todos voluntários, que se apresentam em festas tradicionais na Ilha e em todo estado com seus dobrados, marchas religiosas, sambas, valsas, choros, rocks, baiões, funks, entre outros gêneros musicais. A centenária banda é dividida em flautas, clarinetes e saxofones; trompetes, trombones, bombardinos e tubas; instrumentos de percussão, do triangulo à bateria; guitarra, teclado e contrabaixo elétrico.
Desde o século 19, a Sociedade Musical e Recreativa Lapa mantém a tradição de ensinar gratuitamente crianças, jovens e adultos a arte da música, seja para enriquecer o cotidiano ou para oportunizar a geração de emprego e renda. A continuidade da Banda da Lapa se dá a partir das oficinas musicais, pois os alunos e futuros músicos serão mantenedores da instituição, ajudando na formação de quem, mais tarde, pode também ingressar na iniciativa.
:: Os Skrotes
O som dos Skrotes nasceu em 2009, em Florianópolis, a partir da diversidade da formação musical dos seus integrantes. Chico Abreu, Guilherme Ledoux e Igor De Patta transitam entre a música clássica, o jazz, o samba, a música brasileira, o punk rock, o metal e a música eletrônica de forma tão natural que as diferenças entre estilos se diluem e variados ritmos soam como uma coisa só. Uma música baseada na liberdade, desconstrução e transgressão das estéticas musicais.
Durante oito anos de atividades lançaram cinco registros de forma independente e fizeram mais de 180 shows por Santa Catarina e outros estados brasileiros e recentemente realizaram uma turnê pela Inglaterra a convite do Festival de Lancaster. O álbum “NessunDorma”, lançado em janeiro de 2014, entrou na lista de melhores discos da música brasileira em 2014 pela publicação virtual O Embrulhador, na 22ª posição em uma lista de 100 discos que contava com vários artistas reconhecidos e valorizados nacionalmente como Tom Zé, Criolo, Mombojó, Nação Zumbi, AndreMehmari, Zeca Baleiro entre outros. Em 2017, o trio toma de assalto novamente o cenário da música com o emblemático álbum “Tropical Mojo”, obra que praticamente carimbou o passaporte do grupo para o circuito musical inglês.
:: Orquestra de Choro do Campeche
A Orquestra de Choro Campeche surgiu como resultado da disciplina Prática de Repertório de Choro do Núcleo Campeche da Escola Livre de Música de Florianópolis, iniciativa da Prefeitura Municipal de Florianópolis por meio da Fundação Franklin Cascaes. Coordenado pelo bandolinista Geraldo Vargas e composto por alunos da escola, o grupo dedica-se ao estudo de arranjos dentro do repertório de choros, maxixes, scotchie, samba-choro e valsas de grandes compositores do estilo. Atualmente, conta com dois bandolins, três cavaquinhos, dois violões 6 cordas, dois violões 7 cordas, duas flautas, dois saxofones alto, um saxofone tenor, um clarinete, um acordeon e dois percussionistas.
Serviço
O quê: Cinema ao Vivo – 16ª Semana Nacional de Museus
Quando:
14 de maio de 2018, às 20h – filme “Tempos Modernos” com a Orquestra Manancial da Alvorada;
15 de maio de 2018, às 20h – filme “O Circo” com a Banda da Lapa;
16 de maio de 2018, às 20h – filme “Nosferatu” com Os Skrotes;
17 de maio de 2018, às 20h – filme “A General” com a Orquestra de Choro do Campeche
Onde: Sala de Cinema do CIC – Centro Integrado de Cultura
Entrada: Gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes do início do espetáculo.
Classificação etária: 12 anos para Nosferatu e Livre para as demais.
Fonte: Ascom FCC