Barros teve sua campanha financiada pelos capitalistas dos planos de saúde e tem como uma de suas principais metas como ministro ajudar os capitalistas desse setor que o financiaram.
Em tempos de crise, os planos perderam muitas adesões feitas por empresas, e precisam recorrer a novos mercados para manterem seus lucros. Assim, Ricardo Barros fez sua parte propondo os planos de saúde “acessíveis”: com mensalidades mais baixas e cobertura reduzida.
Agora, a Agência Nacional de Saúde (ANS) deu autorização para implementar diversas medidas desses planos, como a chamada “coparticipação”, em que o usuário tem de pagar, além das mensalidades, uma parcela dos custos dos serviços oferecidos pelo plano toda vez que usá-los.
Além disso, a ANS autorizou que os planos não cubram sequer o atendimento de emergência nas primeiras 24h, o que era uma exigência legal.
A nota de Ricardo Barros afirma: “O relatório da ANS demonstra que os planos acessíveis podem ser implementados pelo mercado, sendo de livre escolha do consumidor optar pela adesão. Tratam-se se ações previstas em resoluções e práticas do mercado. ANS, portanto, deve garantir a qualidade desses produtos ofertados.”
Assim, depois de garantir a destruição ainda maior da saúde pública com a PEC 55 do teto de gastos, agora o governo garante a “livre escolha” dos clientes dos planos de saúde de terem que aderir aos novos planos, enchendo os bolsos dos capitalistas para garantir uma cobertura precária.
É mais uma amostra de como os governos capitalistas estão a serviço de garantir os lucros dos empresários, passando por cima de qualquer direito elementar da população.
Fonte: Esquerda Diário