O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou na tarde desta segunda-feira, 28, o pedido de demissão do governo Bolsonaro. A medida vem após uma série de escândalos de corrupção que envolve o Ministério da Educação virem à tona nas últimas semanas.
Em áudio vazado, fica evidente a existência de negociações paralelas, com pastores de igrejas evangélicas ligados a determinados municípios, para a liberação de verbas para a construção de creches e escolas. Nesse caso, haveria favorecimentos das prefeituras que tivessem vinculação com os pastores. O “gabinete paralelo” seria formado por Arilton Moura e Gilmar Santos, ambos pastores.
Em carta entregue hoje ao Presidente Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro nega qualquer atividade irregular em sua gestão e afirma ser inocente, cobrando que as investigações continuem e provem sua inocência. Alinhado com a política do governo Bolsonaro, encerra a carta com “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”.
Quarto Ministro da Educação do Governo Bolsonaro, Milton Ribeiro é pastor na Igreja Presbiteriana e pertence ao atual partido de Jair Bolsonaro, o PL. Esse não é o primeiro escândalo envolvendo o então ministro. Já no ano passado afirmou que as universidades deveriam ser “para poucos”, reforçando o elitismo do ensino superior e a exclusão dos jovens pobres. Outros casos como capacitismo e tentativa de interferência na prova do Enem somam-se às polêmicas envolvendo o pastor e o MEC.
Quem então será o 5º Ministro da Educação no Governo Bolsonaro?
Por Patricia Egerland com agências